Ver Angola

Construção

Proprime: melhor consultora imobiliária do país quer continuar a crescer de forma sustentada

No próximo ano, a consultora imobiliária Proprime assinala uma década de actividade no mercado angolano. Francisco Barros, director executivo, assegura que a Proprime vai manter o seu trajecto e continuar a envidar esforços para que se mantenha uma empresa de referência na prestação de serviços imobiliários de avaliações e consultoria em todo o território nacional. A empresa tem crescido de forma sustentada e, em simultâneo, tem contribuindo de forma activa para a profissionalização do mercado e da própria indústria imobiliária local. Para apresentar a melhor resposta a clientes com interesses no sector imobiliário, os serviços da Proprime distinguem-se pela qualidade, capacidade de inovação e conhecimento profundo do mercado local.

:

A Proprime foi novamente distinguida pelos "Real Estate Awards" da Euromoney como a "Melhor Empresa de Consultoria Imobiliária" em Angola. Além de vencer nesta categoria global foi também considerada a melhor empresa a operar no mercado imobiliário angolano nas categorias de research e de avaliações. Que significado tem este tipo de galardões para a empresa?

É muito gratificante, na medida em que resulta do reconhecimento dos nossos clientes e potenciais clientes. É uma distinção baseada na opinião real de quem conhece e trabalha num determinado mercado e, por isso, é sempre um impulso para que continuemos a prestar serviços de excelência. Além disso, é uma distinção com amplitude internacional, facto que nos deixa muito orgulhosos enquanto equipa e que garante com certeza maior credibilidade e visibilidade.

Este tipo de prémios acarreta com certeza alguma responsabilidade. São motivo para fomentar algumas mudanças em termos de projectos e funcionamento da empresa?

Como disse anteriormente, funcionam sempre como um input positivo para a empresa. Mas o nosso compromisso com os clientes, os parceiros, o mercado e com todos os stakeholders é diário e proactivo. Quer isto dizer, que obviamente nos dá muita satisfação receber um reconhecimento destes e que poderá ser uma motivação adicional para toda a equipa, mas a evolução da empresa em termos de projectos e procedimentos é sempre alvo de uma reflexão estratégica, que não pode ser reactiva. Mas, em suma, diria que estes prémios são um importante mecanismo de reforço da “auto-estima” corporativa, que é uma dimensão extremamente importante para todas as empresas.

A Proprime resulta de uma parceria entre a empresa portuguesa Prime Yield e a angolana Progest. Quais os serviços prestados pela Proprime e em que províncias está representada?

A Proprime resulta de uma parceria entre estas duas empresas, as quais se mantêm a funcionar autonomamente nas suas áreas de negócio. A Proprime é uma empresa que presta serviços de consultadoria (onde se inclui a realização de estudos para clientes e research de análise de mercado) e avaliações de activos (tangíveis e intangíveis), com forte especialização no mercado imobiliário. A empresa tem sede em Luanda e escritórios também no Lobito, embora esteja preparada para actuar em todo o território angolano, dispondo de capacidade técnica para realizar os mais diversos serviços de entre o seu leque de oferta.

Desde quando está implementada a empresa em Angola e como tem sido a sua evolução neste mercado?

A empresa foi criada em 2007 e foi, aliás, o primeiro passo da expansão internacional da Prime Yield. O balanço que fazemos destes quase dez anos de actividade neste mercado é muito positivo, na medida em que a empresa tem crescido de forma sustentada, contribuindo simultaneamente de forma decisiva para a própria profissionalização do mercado.

Quem são os principais clientes da empresa?

Os nossos principais clientes são sobretudo entidades com interesse no mercado imobiliário, que contratam os nossos serviços para obterem ferramentas que lhes permitam tomar decisões mais informadas neste mercado. Falamos de fundos de investimento imobiliário, investidores institucionais, promotores imobiliários e instituições financeiras, sobretudo.

Considera que em Angola o sector do mercado imobiliário já se encontra numa fase madura ou ainda existe um longo caminho a percorrer?

O mercado está hoje muito mais profissionalizado e evoluído em termos de operadores, veículos de investimento, procedimentos em aspectos como a comercialização, construção ou a promoção, e até em termos de informação. Os níveis de actividade também se consolidaram bastante na última década, bem como a qualidade dos projectos. Por isso, podemos dizer que, no contexto regional de África, tem registado uma importante evolução. Mas não é, de facto, um mercado maduro, tendo ainda muito espaço para se desenvolver quer em termos qualitativos quer quantitativos, assim como de transparência na informação da performance do mercado que é disponibilizada. Neste último aspecto, era importante ter indicadores/análise de actividade regulares de ocupação e vendas em habitação ou escritórios, por exemplo.

De que forma a actual crise financeira e económica do país afecta a actividade imobiliária?

O momento presente da economia angolana é difícil... isso é inegável. No mercado imobiliário, a actividade obviamente também recuou, com a procura de imóveis em retração e muito do produto concluído ou em conclusão a ter que absorver este impacto. O stock de produto imobiliário deve, por isso, continuar a aumentar (já que o ciclo de desenvolvimento imobiliário não consegue responder de imediato à alteração na procura), mas a procura na habitação existe para refúgio da desvalorização da moeda e nos escritórios é praticamente inexistente. Este desequilíbrio, como é regra de mercado, vai trazer novas correcções em baixa aos valores dos imóveis, quer de venda quer de arrendamento. Adicionalmente, a própria banca está mais restritiva na concessão de crédito hipotecário, exigindo taxas de esforço mais conservadoras, o que também tem contribuído para a diminuição das vendas por parte dos promotores, já fortemente afectadas pela procura que está actualmente circunscrita a quem tem liquidez em moeda local. Mesmo a nível do mercado de particulares, as vendas directas também estão em baixa, uma vez que quem colocava o seu imóvel no mercado para vender procurava divisas e essas são um bem cada vez mais escasso. Actualmente a absorção de imóveis é feita, sobretudo, por pequenos aforradores particulares que procuram num imóvel uma alternativa sólida de aplicar o seu capital face a outras opções de aforro, num cenário em que a divisa local sofreu uma forte desvalorização e deverá continuar nesse percurso.

Que estratégias devem ser implementadas para que esta crise seja rapidamente ultrapassada?

O sector imobiliário é um dos que mais rapidamente sente o impacto do abrandamento da economia, em geral, mas um dos que mais tempo demora a ajustar-se, sobretudo devido ao ciclo de produção dos produtos. Assim, e num cenário em que a procura travou, mas que os projectos em curso não podem ser parados, é necessário ter uma base de sustentação forte e capacidade de aguardar com o produto já concluído. Esperemos que a presente fase não persista durante muito tempo - embora obviamente dependa da conjuntura económica - até porque hoje, também os próprios ciclos de mercado mudaram e são muito mais curtos do que eram há 15 ou 20 anos. E logo que surja uma nova fase de expansão, quem tiver esta capacidade de resiliência, terá também o produto disponível para, no primeiro momento, reagir à retoma da procura. É também necessário que o mercado continue a trabalhar na sua maior profissionalização e transparência: este é um processo que, enquanto indústria, o sector imobiliário não pode nem deve parar.

Continua a existir uma grande discrepância nos preços dos imóveis da Baixa de Luanda comparando com outras localidades da capital ou outras províncias?

Sim. Este é um comportamento “natural” em qualquer capital, em que o centro da cidade é sempre a zona mais cara, por ser a localização prime de referência para a instalação de empresas, para o funcionamento de hotéis e, por arrasto, para o comércio e habitação que pretende dar resposta às necessidades de quem ocupa esses escritórios e utiliza esses hotéis.

Quais os tipos de imóveis mais procurados e em que zonas?

Mesmo com o mercado em abrandamento, habitação e escritórios continuam a ser os mais activos, em termos de procura, sendo que na habitação existe uma maior procura por tipologias T3 e T4 contrariamente ao que acontecia até aqui em que a procura era mais forte nas tipologias mais baixas, tipicamente um produto de investimento.

A concessão de crédito bancário para aquisição de imóveis é um processo simples e rápido? Existem algum tipo de medidas que sejam necessárias e urgentes tomar neste processo?

Como espectadores do mercado - ou seja, não sendo entidade com responsabilidade directa sobre o mercado de financiamento imobiliário - o que podemos dizer é que alargar o acesso ao crédito para compra é uma forma importante de permitir também generalizar o acesso à habitação. Acontece que, na conjuntura actual, esse fim não está a ser alcançado pois, naturalmente, a banca tem restringido a concessão de crédito hipotecário, exigindo taxas de esforço e condições mais conservadoras.

Quais os objectivos e projectos traçados pela Proprime a médio prazo?

Os nossos objectivos de fundo são intocáveis: ser uma empresa de referência para a prestação de serviços imobiliários de avaliações e consultoria em Angola e também contribuir de forma activa para a profissionalização do mercado e da própria indústria imobiliária local. Claro, que uma empresa tem que saber reagir à conjuntura e ser suficientemente flexível para se adaptar às condições mutáveis de um mercado. Em Angola, considerando o actual momento da economia e do mercado imobiliário, temos vindo a ajustar-nos às necessidades do mercado, claro, mas mantendo sempre o caminho da qualidade dos serviços prestados à nossa carteira de clientes e a investidores, os quais tendem a diversificar os seus investimentos e a apoiar-se em instituições profissionais e reconhecidas pelo mercado.

O que diferencia a Proprime das empresas concorrentes?

Precisamente este foco na qualidade e a capacidade de inovação, bem como o conhecimento do mercado local associado a uma postura que se rege por standards internacionais em cumprimento dos mais rigorosos procedimentos utilizados em todo o mundo para cada linha de serviços que prestamos.

Além de Angola, em que outros países está implementado o grupo Prime Yield? É intenção expandir os seus serviços a outros mercados?

Estamos em Portugal, Brasil, Moçambique e Cabo Verde, que juntamente com Angola, constituem um eixo central na estratégia de sermos uma empresa de e para a Lusofonia, que se rege pelos mais rigorosos standards internacionais. Neste momento, a estratégia é consolidar a operação nos mercados onde estamos presentes.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.