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Sonangol garante ter acordo para pagar dívida de 300 milhões à Chevron

A administração da petrolífera Sonangol informou Sexta-feira ter um acordo para o pagamento de 300 milhões de dólares em dívida à norte-americana Chevron, da operação do bloco zero, no offshore do enclave de Cabinda.

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A informação consta de um comunicado enviado à Lusa, em Luanda, a propósito de notícias divulgadas nos últimos dias, apontando para um alegado ultimato da petrolífera norte-americana à Sonangol, após falhados vários prazos de pagamento.

Em causa, segundo a petrolífera estatal, está o pagamento dos chamados “Cash Calls” (pedidos de fundos para custear a operação) daquele bloco, sendo a Sonangol associada e a Chevron operadora, referentes aos meses de Julho, Agosto, Setembro e Outubro de 2016.

A empresa, liderada desde Junho por Isabel dos Santos, garante no comunicado que "já se encontra em fase de análise e processamento" do valor de cerca de 300 milhões de dólares referente a esses pagamentos.

"Adicionalmente, e conforme previsto na relação contratual entre associadas, existe um acordo para o pagamento dos “Cash Calls” em dívida, estando já em processo de liquidação cerca de 200 milhões de dólares, com um plano de pagamento do remanescente", esclarece a Sonangol.

A petrolífera reconhece, contudo, que "a situação difícil da indústria petrolífera", devido à queda do preço do petróleo, "implica tempos mais longos de análise e validação de despesas e facturas relativas a custos e investimentos" e que no âmbito do "cumprimento contratual normal" existem acertos de contas "regulares" entre associadas (petrolíferas), uma "prática frequente entre as parceiras e a Sonangol".

"Esta situação perfeitamente normal na indústria petrolífera angolana, não é única nem isolada, tendo-se registado já no passado e merecido tratamento semelhante. Face ao clima aberto de diálogo, nunca esteve em causa a perda das receitas líquidas da produção petrolífera", lê-se no comunicado.

O bloco zero, operado pela Chevron (quota de 39,2 por cento do grupo empreiteiro), está divido em duas áreas e segundo o mais recente relatório do Ministério das Finanças sobre as receitas com a exportação de petróleo, rendeu em Agosto a exportação de 3.783.840 milhões de barris (bloco zero A) e de 2.666.648 milhões de barris (bloco zero B), a um preço médio por barril, respectivamente, de 45 e 44 dólares.

No total, as duas áreas renderam aos cofres do Estado cerca de 85 milhões de dólares em impostos, não tendo a Sonangol, segundo o mesmo documento, recebido qualquer verba dessa exploração.

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