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São Tomé e Príncipe à procura de investimento para infra-estruturas. Angola pode ajudar

O governo de São Tomé e Príncipe, que realiza esta semana uma conferência – em Londres – com investidores, pretende angariar cerca de 610 milhões de dólares para construir um novo porto marítimo e expandir o aeroporto internacional.

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O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, disse aos jornalistas que são necessários 550 milhões de dólares para um novo porto de transbordo em águas profundas em Fernão Dias, no norte da ilha, e cerca de 60 milhões de de dólares para aumentar a capacidade e instalações do aeroporto na capital.

A assinatura de um acordo com China Harbour Engineering Company Limitada (CHEC) já garantiu 120 milhões de dólares, mas o chefe do governo são-tomense afirmou que pretende constituir um "consórcio internacional" e que não quer repetir o modelo de outros países africanos onde este tipo de obras depende maioritariamente de capital chinês. "Também estamos a falar com a CGM CMA [multinacional de transporte em contentores]", adiantou.

Patrice Trovoada mostrou-se ainda confiante de que o país será capaz de manter relações em simultâneo com China e Taiwan, tal como têm feito as Honduras, embora admita que o acesso a financiamento chinês poderá não ser tão favorável. "A única diferença pode ser a taxa de juro, que será comercial e um pouco mais elevada", acrescentou.

O governo são-tomense promove esta semana, em Londres, reuniões com investidores e parceiros de desenvolvimento para atrair investimento para projectos estruturantes e em áreas em que o país tem mais dificuldades.

A conferência STeP IN, que se realiza na quarta e quinta-feira, pretende atrair investimento para projectos estruturantes, particularmente nas áreas de porto e aeroporto, turismo, prestação de serviços e transportes.

O alargamento da pista e a modernização do aeroporto internacional de São Tomé e o porto de águas profundas são duas das prioridades destacadas pelo governo.

Do sector privado, estarão presentes empresas e países "ligados à economia do mar" nomeadamente logística, reparação naval, pesca, transporte marítimo e gestão portuária, empresas de prestação de serviço aeroportuário, nomeadamente de carga aérea, construção, gestão e manutenção dos aeroportos e das aeronaves, grupos hoteleiros para turismo de luxo, bancos, fundos de investimentos, empresas ligadas ao cacau, comércio de produtos agrícolas e petrolíferos.

Para os projectos de desenvolvimento, que serão discutidos no segundo dia da conferência, estarão investidores e parceiros de cooperação internacional da Dinamarca, Angola, Portugal, União Europeia, Taiwan, Suécia, Noruega, Guiné Equatorial, Estados Unidos da América, Azerbaijão, Israel, Irão, Brasil, Agencia de Desenvolvimento brasileira, Arábia Saudita e Dubai.

O primeiro-ministro Patrice Trovoada lidera uma delegação composta por 18 elementos, entre membros do Governo e técnicos nacionais.

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