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Injecção de dólares na banca em queda para mínimos do ano

A injecção de divisas nos bancos comerciais angolanos caiu na última semana mais de 77 por cento, para mínimos do ano, fixando-se em 123,1 milhões de dólares, sobretudo para garantir operações prioritárias, indica o Banco Nacional de Angola (BNA).

<a href='http://www.angolaimagebank.com' target='_blank'>Angola Image Bank</a>:

A informação resulta do relatório semanal sobre a evolução dos mercados monetário e cambial do BNA, ao qual a Lusa teve acesso, relativamente à venda de divisas entre 12 e 16 de Outubro, realizada a uma taxa interbancária média de 135,979 kwanzas, inalterada face à semana anterior.

Neste período, o BNA vendeu em leilões 123,1 milhões de dólares, valor que compara com os 540,473 milhões de dólares, injectados na semana anterior, uma quebra de 77,2 por cento.

"Este volume de divisas destinou-se fundamentalmente à cobertura de operações de natureza prioritária, sublinha o BNA, na mesma informação.

O nosso país enfrenta uma crise financeira e económica, face à redução de receitas fiscais com o petróleo, e por consequência cambial, devido à redução da entrada de divisas no país, necessárias para garantir as importações de máquinas, matéria-prima e alimentos.

Do total de divisas vendidas à banca, 21 milhões de dólares destinaram-se, segundo o BNA, a cobrir "operações de viagens e remessas de dinheiro ao exterior do país, de natureza de ajuda familiar". Acrescem 9,6 milhões de dólares para a cobertura de operações diversas, incluindo missões diplomáticas e entrepostos aduaneiros.

Actualmente, e tal como nos últimos meses, mantêm-se as dificuldades no acesso a moeda estrangeira nos bancos, com o mercado paralelo, de rua, a apresentar taxas de câmbio a rondar os 200 kwanzas por cada dólar - em queda face a semanas anteriores -, para compra de moeda estrangeira.

A situação actual de falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.

"A procura [de divisas, na banca comercial] não diminuiu. O problema é que eu, pessoalmente, acredito que nem toda a procura de divisas é legítima. Portanto, quando nós pudermos ter uma procura legítima, de certeza que não vai haver falta de divisas", afirmou, por seu turno, a 25 de Julho, o governador do BNA, José Pedro de Morais Júnior.

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