O governador do Banco Nacional de Angola, José Pedro de Morais, disse que esse acordo vai trazer "muitas vantagens" quando estiver implementado.
"A moeda chinesa hoje é uma moeda vastamente utilizada nas trocas comerciais internacionais e vamos ter muitas vantagens quando este acordo poder ser utilizado", referiu José Pedro de Morais, em declarações divulgadas hoje pela rádio pública angolana.
O acordo, cujo anúncio da sua negociação foi feito em Agosto passado, pela ministra do Comércio de Angola, Rosa Pacavira, vai permitir que os agentes económicos de ambos os países possam usar a moeda chinesa em Angola e a angolana na China, facilitando as trocas comerciais.
"Hoje em dia, há um apoio muito grande das instituições financeiras internacionais a este tipo de acordos, porque ele permite garantir que o comércio externo se continue a fazer sem recurso a uma terceira moeda, que neste caso seria o dólar", frisou o governante angolano.
Em Agosto, Rosa Pacavira anunciou que o kwanza ia valer na China, o renminbi (moeda chinesa ou yuan) em Angola.
Rosa Pacavira considerou, na altura, o acordo uma mais-valia pelo facto de Angola estar a enfrentar uma quebra nas suas receitas fiscais, com a exportação de petróleo, que afetou o mercado cambial, devido à redução da cotação internacional do barril de crude e na entrada e divisas no país.
"Nenhum país aceitou fazer isso, só foi a China. Isto é um dos grandes benefícios. A moeda vai valer em ambos os países", sublinhou a ministra.