De acordo com uma nota do Centro de Imprensa da Presidência da República de Angola, João Lourenço vai discursar no debate geral, a ter lugar na Terça-feira, dia em que começam as intervenções.
O chefe de Estado tem prevista participação em vários outros eventos multilaterais, como a reunião da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e uma cimeira da Organização de Estados de África, Caraíbas e Pacífico (OEACP).
Consta ainda da agenda de trabalhos um conjunto de audiências e encontros de natureza diplomática, "que permitirá a João Lourenço dialogar com vários chefes de Estado e líderes corporativos".
"Está também programado um encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres".
Com uma delegação de vários ministros, o Presidente da República faz-se acompanhar nesta deslocação da primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço.
À margem da 79.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, a CPLP tem agendado para esta Segunda-feira, em Nova Iorque, um "almoço-encontro" para, nomeadamente, analisar "os mais recentes acontecimentos político-diplomáticos nos Estados-membros" e concertar posições sobre os principais assuntos internacionais.
O encontro, que aproveita a presença em Nova Iorque dos chefes de Estado e de Governo da CPLP para participarem na Assembleia Geral da ONU, inclui ainda na sua agenda o balanço do ano da presidência são-tomense da comunidade e um ponto para "diversos", com algumas fontes diplomáticas a admitirem que possa ser levantada a questão da assunção da presidência da organização no próximo ano pela Guiné-Bissau.
Habitualmente realiza-se, à margem da Assembleia Geral da ONU, uma reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros e Relações Exteriores da CPLP, mas, segundo as mesmas fontes, este ano, a Presidência são-tomense entendeu que seria importante haver uma cimeira informal de chefes de Estado e de Governo dos nove países.
O objectivo, disseram, é haver uma decisão definitiva sobre o local da próxima cimeira, que será no país que assumirá a presidência da organização.
Na última reunião de Chefes de Estado e de Governo, que decorreu em São Tomé e Príncipe, em Agosto de 2023, quando este país assumiu a presidência, ficou decidido que seria a Guiné-Bissau o próximo Estado-membro a assumir a liderança, em 2025, por dois anos.
Mas, dada a situação política neste país, os Estados-membros deverão pronunciar-se agora sobre o local da próxima cimeira.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, dissolveu o parlamento 4 de Dezembro de 2023, alegando uma grave crise política, e convocou eleições legislativas antecipadas para 24 de Novembro deste ano.
Já este ano, o Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros e Relações Exteriores da CPLP confirmou o local, Guiné-Bissau, e a data de 17 de Julho de 2025, para a realização da próxima cimeira.
No entanto, segundo as fontes, a decisão final é da competência dos chefes de Estados e de Governo e daí a marcação desta reunião informal em Nova Iorque.
Fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse à Lusa que o país estará representado na reunião pelo ministro Paulo Rangel. Segundo fontes contactadas pela Lusa, estão previstas as presenças dos Presidentes de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, bem como do primeiro-ministro de Timor-Leste, devendo o Brasil enviar o seu ministro das Relações Exteriores. O Presidente moçambicano também está em Nova Iorque, mas o encontro lusófono não consta da sua agenda oficial, tal como não foi anunciado o participante da Guiné Equatorial.