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Fábrica ‘Cerâmica Prémio da Paz’ (re)inaugurada. Vai produzir 25 mil tijolos/dia e exportar para países vizinhos

O ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos “Liberdade” reinaugurou, esta Terça-feira, a fábrica de tijolos ‘Cerâmica Prémio da Paz’. A recém-reinaugurada unidade fabril conta com uma capacidade de produção diária de 25 mil tijolos e 5000 produtos diversos de cerâmica (telhas, abobadilhas, etc), bem como pretende exportar mais de metade da sua produção para países vizinhos como a Zâmbia e República Democrática do Congo.

: Facebook Governo da Província do Bié
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Segundo um comunicado do governo da província do Bié, a que o VerAngola teve acesso, a cerimónia de (re)inauguração teve lugar na comuna de Chipeta, no município de Catabola (Bié) e foi testemunhada pelo governador do Huambo, secretários de Estado para as Obras Públicas, Indústria Militar, o inspector-geral da Defesa Nacional, o director geral do Instituto de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas, Oficiais Superiores das Forças Armadas Angolanas, bem como membros do governo e convidados.

Na ocasião, a governador do Bié, Celeste Adolfo, manifestou-se satisfeita com a inauguração da fábrica, que é uma de iniciativa do Instituto de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas.

Para a governadora provincial, a unidade fabril "vai não só gerar emprego e renda para as famílias da região, mas também impulsionar a construção civil e o surgimento de outras indústrias".

Segundo a governadora, a fábrica "representa um avanço significativo na redução dos custos do material de construção civil, que vai beneficiar a comunidade local e impulsionar o desenvolvimento económico da área", lê-se no comunicado.

Por sua vez, o tenente general reformado Cristóvão da Silva Júnior, director geral do Instituto de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas, deixou a garantia de que a unidade fabril possui "um grande potencial para contribuir no crescimento da economia local e para o financiamento do sistema de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas".

Considerou ser importante criarem-se medidas que tenham em vista "melhorar a eficiência da produção e a qualidade dos equipamentos", no sentido de a cerâmica poder alcançar a sua "capacidade máxima e assim aumentar as receitas para o fundo de financiamento da Segurança Social".

"A reinauguração da Cerâmica Prémio da Paz é vista como um marco no esforço de modernização e auto-suficiência da indústria da construção em Angola, que vai promover um impacto positivo na economia local e tornar Catabola um polo de produção de materiais essenciais para o desenvolvimento urbano e rural", lê-se no comunicado.

Também o ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria se pronunciou no acto, tendo defendido o incremento da produção.

"Há a necessidade de se trabalhar mais para aumentar a capacidade de produção da cerâmica 'Prémio da Paz', aqui na Chipeta, para que os lucros sejam bons, e que os rendimentos futuros proporcionem a abertura de outras cerâmicas afectas às FAA em outras regiões do país, que estejam ligadas ao Corredor do Lobito", apontou, citado pelo Jornal de Angola.

Recorde-se que a referida fábrica foi inaugurada em 2011, mas acabou por ficar parada em 2013 devido a questões técnicas. Pouco mais de uma década depois, volta a 'reerguer-se' com os olhos postos na exportação, dado que tem prevista a exportação de 65 por cento da produção para países vizinhos como a Zâmbia e a República Democrática do Congo, e o resto da produção (35 por cento) servirá para alimentar o mercado nacional.

Segundo o Jornal de Angola, a fábrica conta com duas linhas de produção, cuja uma dedicada ao fabrico de tijolos (capaz produzir 25 mil tijolos por dia) e outra reservada ao fabrico diário de 5000 produtos vários de cerâmica, como por exemplo telhas.

Além das duas linhas de produção, a unidade fabril conta também com três maçadores, dois fornos, três laminadores e um secador/estufa, sendo que já se encontrava a operar de forma experimental antes de ter sido reinaugurada.

Segundo a Angop, 126 pessoas (dois expatriados) trabalham na fábrica, cuja sua cerâmica, no valor de seis milhões de dólares, também será enviada, a par do Bié, para o Huambo, Cuando Cubango e Cuanza Sul.

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