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Cerâmica Prémio da Paz prepara-se para produzir 25 mil tijolos/dia com olhos postos na exportação

A cerâmica Prémio da Paz, localizada no Bié, está a preparar-se para produzir cerca de 25 mil tijolos por dia. A empresa – que tem curso a montagem de duas linhas, cuja principal destina-se à produção de tijolos, onde esperam “fazer mais de 20 mil tijolos”, ou seja, entre 25 a 30 mil tijolos – tem igualmente os olhos postos na exportação, pretendendo fazer chegar os materiais até aos mercados da República Democrática do Congo (RDC) e da Zâmbia.

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Em termos dos preparativos, um dos responsáveis fez saber que os equipamentos estão quase todos prontos. "Neste momento nós temos já a preparação pronta, temos a área de produção pronta, temos também já a fábrica de especialidade a funcionar, já está a produzir tijolo, o forno também já está pronto, temos o secador pronto, esses equipamentos só estão à espera que se termine a automatização e electrificação", disse, em declarações à Televisão Pública de Angola (TPA).

De acordo com o responsável, estão a ser montadas duas linhas, com a principal a ser dedicada à produção de tijolos e a segunda de especialidade, onde está prevista a produção de 5000 tijolos por dia destinados à construção.

"Estamos a montar duas linhas, temos a linha principal que é de produção de tijolo, nessa linha nós vamos fazer mais de 20 mil tijolos, estamos a falar entre 25 a 30 mil tijolos. A segunda linha que é de especialidade, ali vamos fazer cinco mil tijolos/dia para (...) materiais de construção", adiantou.

Com uma capacidade de produção de 30 mil tijolos por dia, a empresa também prevê a sua exportação para países vizinhos, tais como a RDC e a Zâmbia, no quadro do consórcio concebido pelo Governo através do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), adianta a TPA. O responsável considerou tratar-se de "uma mais valia" para a empresa porque, considerando, a nova configuração do CFB, vão também poder "fazer chegar o produto nos países vizinhos".

Este que é um projecto requalificado, a cargo do Instituto de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas com consultadoria portuguesa, possui duas fábricas, dentre as quais a de especialidade que irá não só fabricar tijolos como também telhas e abobadilhas. Além disso, o projecto conta ainda com uma componente de olaria.

"A olaria é composta de duas situações distintas: a primeira pode ser produção em série de pratos ou de tigelas, do que quer que seja; a segunda tem a componente mais artística, é cozido no mesmo forno, para isso é preciso que se arranje pessoas aqui perto artistas, valorizar o artista angolano, a arte de pintura num prato, por exemplo, é tão importante como uma pintura numa tela ou num quadro", explicou um outro responsável, em declarações à TPA.

Segundo a TPA, já arrancaram os primeiros testes, cujos resultados foram satisfatórios, com os números a apontar para uma produção superior a 5000 tijolos por dia.

Já sobre a matéria-prima, o responsável diz terem recorrido ao Planalto Central: "A argila é de muito boa qualidade, nós tivemos o cuidado de escolher as melhores argilas do melhor sítio de Angola, que é o Planalto Central, as argilas estão a oito quilómetros da fábrica".

De acordo com a TPA, as duas unidades fabris, que permitiram gerar mais de uma centena de empregos directos a jovens da província do Bié, deverão ser inauguradas nos próximos dias.

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