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Estudantes dizem que gratuitidade do ensino foi “barbaramente sacrificada”

O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) enviou uma petição ao Procurador-Geral da República (PGR) denunciando que a gratuitidade no sistema de ensino no país “foi barbaramente sacrificada”, sobretudo devido à falta de meios para os alunos.

: Lusa
Lusa  

Segundo a denúncia pública, remetida ao gabinete de Hélder Pitta Grós, e enviada esta Quarta-feira à Lusa, há um flagrante abuso e violação sistemática da Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino em Angola, numa altura em que as aulas no ensino geral se iniciaram a 2 de Setembro.

O MEA diz ter-se deparado, durante o primeiro mês de aulas, com uma realidade inaceitável e ultrajante nas escolas públicas, que, no seu entender, priva os alunos do mínimo existencial e retarda o futuro das gerações vindouras.

Para o movimento, a gratuitidade no sistema de ensino "foi barbaramente sacrificada", violando as disposições da lei do sector, devido à falta de material escolar, que, apesar de ser proibida a venda, é comercializado na via pública.

Na sua petição dirigida ao PGR, relata a falta de meios de ensino, como quadros, giz, apagador, carteiras e salas de aulas sem condições aceitáveis, bem como a falta de transporte público para os alunos.

De acordo com o movimento estudantil, as escolas públicas registam uma situação precária de higiene, constituindo-se um autêntico atentado à saúde pública dos alunos e demais intervenientes no processo de ensino e aprendizagem, e também carecem de efectivos para a segurança.

O MEA, que espera por uma posição do PGR e das demais instituições que intervêm na administração da justiça no país, reitera ainda que poderá avançar para uma "manifestação pacífica", agendada para 5 de Outubro próximo, em Luanda, em defesa dos interesses dos estudantes.

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