Este aumento esperado na actual campanha, conforme dados do Ministério da Agricultura e Florestas, citados pelo Jornal de Angola, pode ser justificado com a ampliação, em termos gerais, das diversas filas de plantação, com ênfase nos cereais que devem aumentar na ordem dos 9,3 por cento para as 3,79 milhões de toneladas.
A produção agrícola cresceu na última campanha. Durante a campanha 2023/2024, produziram-se no país 26.989.727 toneladas de produtos vários, o que corresponde a um aumento de 4,6 por cento face à campanha 2022/2023.
Segundo os dados, citados pelo Jornal de Angola, a produção de raízes e tubérculos e frutas com um crescimento na ordem dos 8,5 por cento passando para 15,74 e 7,35 milhões de toneladas, relativamente, enquanto as leguminosas e oleaginosas com um aumento na ordem dos 8,3 por cento passando para 703 mil toneladas, podem assim vir a aumentar de forma significativa.
A análise da tutela aponta ainda que, nas explorações agrícolas empresariais, na campanha 2022/2023, o espaço plantado totalizou 522.770 hectares, sendo que os cereais representaram 48 por cento do total, seguindo-se as leguminosas e oleaginosas e as raízes e tubérculos, com 17,6 por cento e 15,5 por cento, respectivamente.
Ainda nestas explorações, houve um aumento de 3,6 por cento no espaço plantado, comparativamente ao mesmo período da campanha 2021/2022.
Já no que diz respeito ao espaço colhido tanto em explorações familiares como empresariais, os dados indicam que na campanha 2022/2023 totalizou 5,4 milhões de hectares, com cada uma das explorações a colher, respectivamente, 90,9 e 9,1 por cento.
Na campanha 2022/2023, a colheita de cereais atingiu a maior área em ambas as explorações, correspondendo a 54,4 por cento do total apanhado em todas as filas, sendo que quase a totalidade (92,1 por cento) pertenceu às explorações familiares e 7,9 por cento às empresariais.
Durante a campanha supracitada, nas fazendas agrícolas familiares, colheram-se 4,9 milhões de hectares, representando um aumento de cerca de 1,2 por cento em relação à totalidade de espaço colhido, com o destaque a incidir nos cereais (55,1 por cento) e nos leguminosos e oleaginosos (19,7 por cento). Enquanto nas fazendas empresariais, segundo os dados citados pelo Jornal de Angola, colheram-se 4,8 milhões de hectares, representando um aumento de quatro por cento em relação ao mesmo período anterior.