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Huambo: país quer construir centro de excelência para investigação científica e segurança alimentar

A construção de um segundo centro de excelência do Centro da África Austral de Ciências e Serviços para Adaptação às Alterações Climáticas e Gestão Sustentável dos Solos (SASSCAL) no país consta entre as pretensões de Angola. Segundo informação avançada pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, prevê-se que o referido centro seja instalado no Huambo e esteja direccionado a matérias de investigação científica e segurança alimentar.

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Maria do Rosário Bragança – que participou nesta Terça-feira, numa audiência entre membros do SASSCAL e a vice-Presidente da República, Esperança da Costa – disse estarem "a preparar as condições" para o segundo centro de excelência.

"Angola tem tido uma participação marcante. Neste momento, tem todas as contribuições financeiras em dia, até 2024. E estamos a preparar as condições para que o segundo Centro de Excelência da SASSCAL seja efectivamente construído e devidamente equipado, na província do Huambo, para que o nosso Governo demonstre o compromisso com a acção climática", referiu a ministra, na qualidade de presidente cessante do conselho de ministros da SASSCAL, cujo mandato rotativo de dois anos acaba este mês, citada pelo Jornal de Angola.

De acordo com a Angop, vai tratar-se de um centro orientado a matérias de investigação científica e segurança alimentar.

"Os aspectos positivos estão muito ligados ao desenvolvimento dos projectos de investigação científica que estão a ser levados a cabo na segunda chamada de projectos da SASSCAL, chamado SASSCAL dois, onde temos Angola a participar num projecto como país com uma instituição que é coordenador do projecto e a participar noutros também com investigadores de outros países. Todo o trabalho que tem sido feito para a criação do centro de excelência do SASSCAL, esperamos até 2024 nos traga resultados mais palpáveis e também o engajamento maior ainda dos nossos investigadores científicos em todas as actividades do SASSCAL", adiantou a ministra.

A governante referiu ainda que o país se tem "beneficiado com o programa da SASSCAL com bolsas de licenciatura, mestrado, doutoramento para a melhoria de implantação de estações meteorológicas em várias partes do país".

Na ocasião, Maria do Rosário Bragança fez ainda saber que um milhão de euros (cerca de um milhão de dólares) é a quantia colocada à disposição pelo Estado angolano ao fundo do SASSCAL para edificação de infra-estruturas ligadas ao domínio científico no país, escreve a Angop.

Por sua vez, a vice-ministra da Agricultura e Reforma Agrária da Namíbia, Anna Shiweda, considerou que de todos os países integrantes do SASSCAL, o seu país é o que mais encara a problemática da seca e inundações, recordando que a Namíbia foi dos primeiros a aderir à organização.

"Nós obtivemos muitos ganhos no âmbito dessa iniciativa, especialmente com Angola, no que diz respeito ao abastecimento de água e gestão integrada de recursos hídricos", indicou, citada pelo Jornal de Angola.

Deixou ainda a garantia de que a Namíbia dará seguimento ao incentivo de outros Estados a aderirem à iniciativa, uma vez que, a seu ver, unidos podem colmatar de forma mais eficaz as alterações climáticas.

Sobre o encontro com Esperança da Costa, a responsável enfatizou o apoio: "Agradecemos a disponibilidade manifestada pela Vice-Presidente da República, no sentido de poder fazer advocacia, para que os outros países-membros integrem a iniciativa. Este é o maior apoio que podemos ter do ponto de vista político e ao mais alto nível", indicou, citada pelo Jornal de Angola.

Já acerca da audiência, Maria do Rosário Bragança fez saber que a vice-Presidente da República "fez questão de receber a delegação, sobretudo, para enfatizar o compromisso do Governo angolano e do Presidente da República com todo o engajamento no combate às alterações climáticas".

Na ocasião, além do futuro centro, os responsáveis abordaram a participação do país na Cimeira Africana, que teve lugar este mês no Quénia, entre outros aspectos relacionados com a organização.

Além de Maria do Rosário Bragança e Anna Shiweda, também o ministro do Ensino Superior e Investigação do Mali, Bourema Kansaye esteve presente no encontro.

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