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UNITA apela ao não uso de força contra manifestantes no dia da tomada de posse

A UNITA apelou esta Terça-feira às forças de defesa e segurança para que se abstenham do uso de força contra os cidadãos que pretendam manifestar-se no dia da tomada de João Lourenço, que dizem não ter legitimidade.

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Num comunicado do secretariado da comunicação e marketing, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) insiste em não reconhecer os resultados eleitorais, validados na semana passada pelo Tribunal Constitucional "por serem contrários à vontade expressa pela maioria dos eleitores nas urnas" e denuncia a denegação do direito à justiça.

Em causa está o facto de o Tribunal Constitucional (TC) rejeitar o pedido de aclaração do acórdão 769/2022, em que negou provimento ao recurso apresentado pela UNITA, encerrando assim o processo de contencioso eleitoral.

O partido do Galo Negro apela também ao bom senso das forças de defesa e segurança "desdobradas em todo o país e equipadas com material bélico pesado, a se absterem do uso da força contra os cidadãos".

As forças armadas elevaram o estado de prontidão combativa até 20 de Setembro para evitar incidentes que "perturbem a ordem e tranquilidade públicas".

Além do reforço das medidas de segurança dos principais objectivos económicos e estratégicos e das instituições do Estado foi intensificado o patrulhamento nos centros urbanos e suburbanos.

Colunas de veículos militares e policiais, com carros blindados têm circulado nas principais vias de acesso a Luanda, dando visibilidade às ordens militares.

"A UNITA entende que tal quadro, visa intimidar o cidadão que pretende manifestar-se contra os resultados eleitorais, no dia de tomada de posse, de um Presidente sem legitimidade", sublinha o comunicado do partido liderado por Adalberto da Costa Júnior.

Segundo a ata de apuramento final das eleições gerais de 24 de Agosto, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e o seu candidato, o Presidente cessante, João Lourenço, venceram com 51,17 por cento dos votos, seguindo-se a UNITA, com 43,95 por cento.

A UNITA está a considerar "todos os cenários" admitindo tomar posse no parlamento, enquanto outros partidos na oposição se manifestam divididos.

O PRS ainda não decidiu sobre a posse dos deputados e a FNLA também remeteu uma decisão sobre a posse dos deputados para as estruturas do partido.

Já o mandatário do estreante PHA, liderado por Bela Malaquias, disse que o seu partido aguarda apenas o dia da posse, garantindo que os seus dois deputados terão uma "estreia em grande" e que deverão representar condignamente os eleitores.

A coligação CASA-CE, a APN e o P-Njango não obtiveram assentos na Assembleia Nacional, que na legislatura 2022-2027 vai contar com 220 deputados.

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