A informação foi avançada esta Terça-feira, em Moçamedes, pelo director do projecto, Rui Bastos. À Angop, o responsável afirmou que estão já armazenados 46 mil painéis solares. "Até Dezembro concluímos a primeira fase, que vai disponibilizar 25 megawatts para reforçar a rede de distribuição", avançou. Numa segunda fase, a central atingirá a capacidade total de produção de energia (50 megawatts).
De momento, estão a ser instaladas as placas fotovoltaicas, que servirão para a transferência de energia.
Este projecto advém de um investimento na ordem dos 42 milhões de dólares, tendo um período de vida útil estimado em 25 anos. Com o arranque da central é esperada uma poupança na ordem dos 28 milhões de dólares, tendo em conta a substituição do gasóleo por energia renovável.
Segundo o responsável, ligado à empresa Saipem, o projecto aumentará a produção de energias renováveis, contribuindo para a redução do défice energético no país. Desta forma, a Central Fotovoltaica de Caraculo permitirá a redução do consumo de gasóleo para as centrais térmicas, bem como as diminuição das emissões de dióxido de carbono.
Empregando 230 funcionários, o projecto contempla ainda a instalação de sistemas de água na localidade do Caraculo, tendo em conta o fomento da agricultura e as necessidades de consumo humano.
Nesta zona habitam mais de 10.000 pessoas, na sua maioria criadores de animais (gabo bovino e caprino) bem como pequenos camponeses, que se dedicam ao cultivo de cereais e hortículas.
