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Defesa

PGR ordena apreensão de edifícios das empresas de Carlos de São Vicente

A Procuradoria Geral da República (PGR) ordenou a apreensão de vários edifícios do grupo AAA, pertencente ao empresário Carlos de São Vicente que está a ser investigado na Suíça, por suspeitas de peculato e branqueamento de capitais.

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Segundo um comunicado do Serviço Nacional de Recuperação de Activos da PGR foram apreendidos os edifícios AAA, os hotéis IU e IKA, localizados em todo o território nacional e o edifício IRCA, localizado na Rua Amílcar Cabral, em Luanda.

A PGR justifica a apreensão com indícios da prática de crimes de peculato, participação económica em negócio, tráfico de influência e branqueamento de capitais.

O mandado de apreensão é extensivo aos edifícios situados nas restantes províncias do país, com excepção dos que estão sob gestão do ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.

Foram nomeados como fieis depositários o  Instituto de Gestão e Participação do Estado (IGAPE) para as participações sociais e o Cofre Geral de Justiça para os edifícios e redes de hotéis.

O AAA, liderado por Carlos de São Vicente, casado com uma das filhas do primeiro Presidente, Agostinho Neto, é um dos maiores grupos empresariais nacionais, operando na área dos seguros e da hotelaria.

O empresário é também administrador não-executivo do Standard Bank de Angola e solicitou a sua suspensão imediata de funções até conclusão do processo, anunciou na Segunda-feira a instituição bancária.

O nome de Carlos de São Vicente foi notícia na semana passada por suspeitas de lavagem de dinheiro na Suíça, divulgadas num blogue que acompanha questões judiciais naquele país.

De acordo com o blogue judicial suíço Gotham City, que cita o despacho do Ministério Público da Suíça, Carlos Manuel de São Vicente viu congeladas sete das suas contas, tendo sido libertados os fundos de seis e mantendo-se congelada a conta que tem cerca de 900 milhões de dólares.

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