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Carlos de São Vicente não comenta polémica mas suspende funções no Standard Bank

A braços com a justiça suíça por suspeitas de branqueamento de capitais, o empresário escusa-se a prestar declarações invocando “segredo de justiça”. No entanto, o VerAngola sabe que Carlos de São Vicente terá já solicitado a suspensão das suas funções como administrador do Standard Bank Angola.

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Após a justiça suíça ter decido manter congelados 900 milhões de dólares das contas do empresário por suspeitas de lavagem de dinheiro, o marido da ex-deputada Irene Neto, filha do Presidente Agostinho Neto, optou pelo silêncio.

O ex-presidente da AAA Seguros mostra-se indisponível para comentar a situação em que se vê envolvido. "Neste momento não posso fazer declarações porque o processo está em curso e há que respeitar o segredo de justiça e o sigilo bancário", afirmou, via e-mail, ao Novo Jornal.

As autoridades suíças alegam que, entre 2012 e 2019, o empresário transferiu quase 900 milhões de dólares da companhia de seguros para as suas contas, algo que só foi descoberto quando o banco SYZ alertou para uma transferência de 213 milhões de dólares, de acordo com os documentos da acusação divulgados no site do ICIJ.

Standard Bank esclarece posição

Na sequência das notícias sobre o suposto branqueamento de capitais, o Standard Bank Angola – onde Carlos de São Vicente é accionista e administrador não executivo – fez saber que acompanha com "atenção e preocupação" o caso.

Em comunicado remetido ao VerAngola, o banco torna público que "o citado já solicitou a suspensão imediata das suas funções" como administrador não executivo do Standard Bank Angola.

A instituição refere ainda que o empresário "não participa da gestão executiva do banco" e que está a trabalhar "em articulação com o Banco Nacional de Angola".

Considerando a sua reputação como o seu "activo mais valioso", o Standard Bank afirma que continuará a acompanhar a evolução do processo.

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