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Angola lidera missão de observadores da CPLP às presidenciais em Moçambique

A missão de observadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) às eleições presidenciais em Moçambique deverá ser chefiada por Angola, disse à Lusa o embaixador angolano em Lisboa.

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À saída da reunião do comité de concertação permanente da CPLP, que decorreu esta Quinta-feira na sede da organização em Lisboa, Carlos Alberto Saraiva de Carvalho Fonseca assegurou que "houve um convite que, naturalmente Angola tomou nota com bastante agrado, por ser uma demonstração de confiança, para chefiar esta missão de observadores".

Segundo o diplomata ainda não foi decidido quem será a pessoa indicada para assumir a liderança da missão. Os convites aos Estados-membros e aos deputados já foram enviados, assegurou o secretariado executivo da CPLP.

"Nós estamos a ver quem vai ser" essa pessoa, afirmou o diplomata, referindo-se ao elemento que Luanda escolherá para liderar a missão.

Quanto ao número de pessoas que deverá integrar esta missão, o embaixador angolano em Lisboa disse que "deverá ser de acordo com aquilo que tem sido prática na CPLP". 

No dia 15 de Outubro deste ano, 12,9 milhões de eleitores moçambicanos vão escolher o Presidente da República, dez governadores provinciais, 250 deputados da Assembleia da República e membros das assembleias provinciais.

Quatro candidatos concorrem às presidenciais, incluindo o actual chefe de Estado e líder da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Filipe Nyusi, o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, Ossufo Momade, o líder do candidato do MDM, Daviz Simango, e o candidato do partido extraparlamentar Ação do Movimento Unido para a Salvação Integral (AMUSI), Mário Albino.

Para as legislativas e provinciais concorrem 26 formações políticas, mas Frelimo, Renamo e MDM são os que têm maior pujança para aguentarem a dura jornada de 45 dias de campanha eleitoral pelos 11 círculos eleitorais do extenso território nacional e os dois da diáspora.

As eleições gerais de 15 de Outubro vão, pela primeira vez, escolher os governadores das 10 províncias do país, que sairão dos cabeças-de-lista dos partidos concorrentes.

A eleição dos governadores provinciais é uma novidade que decorre da aprovação de um novo pacote de descentralização, no âmbito das negociações para o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional de Maputo, assinado no dia 6 deste mês.

As próximas eleições gerais serão as sextas no país, desde a introdução da primeira Constituição da República multipartidária, em 1990.

A Comissão Nacional de Eleições de Moçambique (CNE) já manifestou no início desta semana preocupação com os casos de violência e de perda de vidas humanas que têm marcado a campanha para as eleições gerais de 15 de Outubro.

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