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Economia

Angola é um dos países que mais melhorou no Índice de Risco e Recompensa

Angola é um dos países que mais melhorou no Índice que mede os Riscos e Recompensas em África, feito pelas consultoras Risk Controls e Capital Economics, apesar de preverem uma recessão de 0,5 por cento este ano.

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"Angola é um dos países com melhor desempenho nesta edição do Índice, analisando o melhoramento nos valores face à última edição", lê-se no relatório que apresenta os resultados deste Índice, que vai na sua quarta edição.

"A ambiciosa agenda reformista lançada pelo Presidente João Lourenço desde a sua tomada de posse, em Setembro de 2017, motivou esta melhoria", acrescenta-se no relatório, que aponta as reformas orçamentais, monetárias e regulamentares, acompanhadas por "mudanças estruturas significativas que desafiaram os interesses instalados e introduziram um importante grua de supervisão na governação económica".

Ainda assim, notam, Angola continua a enfrentar grandes desafios e o índice de risco está acima da média africana, assim como o risco de recompensa está abaixo da média dos países do continente.

"Dois anos de reformas tiveram um impacto, mas também demonstraram a difícil natureza dos desafios de Angola", notam os analistas, elencando que as faltas de moeda externa continuam e que a economia continua demasiado dependente do petróleo.

Angola melhorou 0,10 pontos no índice que mede a Recompensa de Investimento, e reduziu em 0,08 pontos o Risco de Investimento, passando a ter pontuações de 4,51 e 6,14, respetivamente, numa escala até 10.

"A dependência do petróleo torna o país vulnerável às variações no preço e na produção, e os preços mais baixos do crude nos primeiros três meses do ano quase anularam o excedente da balança corrente", escrevem, concluindo que os preços e a produção baixa fazem prever "uma contracção de 0,5 por cento no PIB de 2019, a quarta contracção anual seguida.

O relatório "baseia as conclusões na estrutura política e nas características económicas de cada mercado, indo além das manchetes e do ruído que rodeiam o tópico do investimento em África", dizem os analistas.

África, conclui-se no relatório, "continua a ser um destino de investimento desejável graças à sua demografia jovem e cada vez mais urbana, abundância de recursos naturais, e capacidade comprovada de desenvolver tecnologias em domínios como as telecomunicações ou as finanças".

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