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“Angola Investe” termina 515 projectos e 120 mil milhões de kwanzas depois

O Governo decidiu, esta Sexta-feira, pôr fim ao Programa Angola Investe que, nos últimos quatro anos, concedeu, através da banca comercial, 120 mil milhões de kwanzas para financiar 515 projectos.

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A medida foi aprovada numa reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente João Lourenço, que analisou documentos do Banco Nacional e do Ministério da Economia e Planeamento.

Em declarações à imprensa no final da reunião, o secretário de Estado da Economia, Sérgio Santos, avançou que o Estado apoiou a concessão de créditos com um total de 55 mil milhões de kwanzas, que serviram para bonificar os juros, capitalizar os fundos de garantia e de capital de risco e para a criação de "ambiente satisfatório à concessão de crédito".

"E temos de, agora, com o descontinuar do Programa Angola Investe, garantir os compromissos que estão assumidos com os bancos e com o sector privado que tiveram acesso ao crédito", afirmou Sérgio Santos.

A descontinuidade do programa deverá efectivar-se nos próximos dois meses, estando prevista a sua substituição por um outro de financiamento à economia, que será conhecido entre Dezembro de 2018 e Janeiro de 2019.

O programa Angola Investe foi criado pelo Estado para o apoio e financiamento de projectos de investimento às micro, pequenas e médias empresas, sendo operado por bancos comerciais nacionais e coordenado pelo Ministério da Economia e Planeamento, em parceria com o Fundo de Garantia de Crédito.

Em Junho deste ano, à margem do I Congresso da Produção Nacional, realizado pela Confederação Empresarial de Angola, Sérgio Santos considerou "satisfatórios" os resultados do Programa Angola Investe, que conta com um acompanhamento trimestral do Governo.

"Temos dados satisfatórios para podermos dizer que o Programa Angola Investe foi um sucesso, mas estamos a reforçá-lo, porque as condições alteraram-se. A banca não tem tanto dinheiro para emprestar, o Estado também está com dificuldades, mas temos, à mesma, de atingir números muito maiores do que estes no quinquénio 2018/2022", disse, na altura, Sérgio Santos.

O governante angolano sublinhou que o programa deveria ser reforçado para atender à necessidade que Angola tem de crescer, pelo menos a um ritmo, no sector não petrolífero, de 5,1 por cento, em média por ano.

Aos microempresários, o crédito concedido foi até 200 mil dólares, aos pequenos empresários 1,5 milhões de dólares e aos médios empresários cinco milhões de dólares, sendo prioritários no acesso ao empréstimo projectos nos sectores da agricultura, pecuária e pescas, seguindo-se materiais de construção, indústria transformadora, geologia e minas e serviços de apoio ao sector produtivo.

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