“É um momento novo na história de Angola. É um momento para Portugal e Angola desenvolverem as suas relações como dois países que têm muitos interesses em comum, que tem muitos portugueses lá e angolanos cá com objectivos comuns, em que nós precisamos de trabalhar cooperativamente certamente enquanto estados soberanos que se relacionam em condições de paridade e de igualdade”, disse Assunção Cristas.
Durante uma acção de campanha para a Câmara de Lisboa, a líder centrista foi questionada pelos jornalistas sobre a declaração do vice-presidente da UNITA, que afirmou que Portugal se tem "vergado" sempre perante Angola.
Em entrevista à agência Lusa, o vice-presidente da UNITA, Raúl Danda, considerou que Portugal se tem "vergado" nas relações com Angola, colocando-se numa "situação de verdadeira dependência" e defendeu que falta um olhar "de igual para igual".
"O facto de lá para trás Portugal ter colonizado Angola não devia fazer com que se jogasse um papel mais ou menos inverso, que é o que eu observo", disse o responsável.
E prosseguiu: "Se surge um órgão de comunicação social a falar de um membro do Governo [angolano], uma alta figura na hierarquia do MPLA, zangam-se, fazem uma birra que nem crianças, agora não queremos mais Portugal e Portugal verga. Quando Angola diz que a ministra não vem, agora não queremos, Portugal verga. Quando gritam agora podem vir para vir à tomada de posse [do novo Presidente, João Lourenço], Portugal verga".
