Apesar da crise, Angola apostou fortemente no mercado português. Na prática, e de acordo com o Jornal de Negócios, entre 2008 e os primeiros seis meses de 2015 o nosso investimento directo cresceu 1529 por cento, ou seja, em valores absolutos o nosso país passou de 106 milhões de euros de investimento para 1 721 milhões.
E se só no ano passado entraram em Portugal 4,6 mil milhões de euros em IDE, quase 50 por cento desse valor (2,1 mil milhões de euros) saiu de Angola, China e Brasil. Desta forma, os países estiveram na origem de metade do fluxo de IDE em 2014 por terras lusas.
Ainda assim, diz o Jornal de Negócios, os três países representam uma percentagem muito pequena quando o assunto é o total do IDE em Portugal: 1,7 por cento de Angola, 0,7 por cento da China e 2,3 por cento do Brasil. Juntos somam 4,7 por cento dos fundos detidos por estrangeiros no país. Holanda, Espanha e Luxemburgo seguem na frente, com um total de 69 por cento do capital externo em Portugal.
De acordo com a publicação lusa, o investimento directo em Portugal é também uma forma de avaliar o impacto da crise de países como o nosso (que neste momento atravessa uma fase difícil na economia) na economia portuguesa. Por outro lado, há que analisar o investimento português fora de portas. E, se há país a merecer atenção é Angola, onde o IDE proveniente de Portugal desacelerou fortemente nos últimos dois anos.