À saída da audiência, Vladimir Russo destacou que a celebração do aniversário da Fundação Kissama, de que é director executivo para a área do ambiente, criada a 18 de Setembro de 1995, vai incluir uma conferência sobre conservação, investigação e informação, além de um balanço dos principais ganhos e desafios registados ao longo das últimas três décadas.
O responsável referiu que, entre os projectos em curso, está a edição de um guia sobre mamíferos a ser lançado em Setembro, integrado também nas comemorações dos 50 anos da Independência Nacional. A publicação tem como objectivo reforçar o conhecimento científico e apoiar acções de preservação da biodiversidade.
Relativamente à Palanca Negra Gigante, considerada espécie emblemática e símbolo nacional, o ambientalista informou que existem, actualmente, cerca de 305 espécimes identificados nas reservas naturais da Cangandala e do Luando.
Apesar do crescimento, alertou que a espécie continua em perigo de extinção, o que exige maior esforço de conservação.
Vladimir Russo sublinhou igualmente a importância da criação de áreas de conservação e do envolvimento da juventude, em particular jovens licenciados e comunidades rurais, em actividades ligadas à biodiversidade.
Além da protecção ambiental, defendeu a geração de emprego como um dos eixos prioritários do sector.
Durante o encontro, foram também abordadas iniciativas de preservação de outras espécies, como as tartarugas marinhas e os elefantes da floresta, para a manutenção do equilíbrio ecológico e promoção de Angola como referência na conservação da fauna africana.
O director da Fundação Kissama reiterou a disponibilidade da instituição em trabalhar em parceria com o Executivo, na formação de quadros e no fortalecimento de programas de biodiversidade.