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Deloitte: “Em 10 anos assistimos no sector financeiro a uma ambição extraordinária”

Crescimento de depósitos e evolução significativa das transacções económicas correntes foram os factores que mais contribuíram para a dinamização do sector financeiro em 2014. As conclusões são do estudo Banca em Análise da Deloitte, apresentado esta terça-feira em Luanda, que comemora este ano a sua 10.ª edição.

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No passado ano, o volume de activos agregado das instituições financeiras angolanas aumentou cerca de 7,26 por cento face ao ano anterior, fixando-se nos 7.129 mil milhões de kwanzas. O resultado líquido total do sector, segundo dados do Banco Nacional de Angola, registou uma queda de 50 por cento no mesmo período, influenciado pelo efeito dos resultados do ex-BESA. Não considerando este efeito, os resultados líquidos do sector teriam registado um crescimento de cerca de 12 por cento.

“Em 10 anos assistimos no sector financeiro a uma ambição extraordinária, da qual resultou uma evolução positiva muito significativa. Foram criadas neste período mais de 10 instituições financeiras com actividade comercial, e as que já existiam assistiram a um crescimento no caminho da sofisticação e da implementação de modelos de sustentabilidade das suas operações que lhes oferecem hoje uma posição consolidada no mercado nacional e em alguns casos, em mercados internacionais”, salienta Rui Santos Silva, presidente da Deloitte no nosso país, em comunicado remetido ao VerAngola.

“A evolução positiva que os bancos continuam a ter e a confiança dos depositantes, verificadas nesta 10.ª edição do Banca em Análise, é animadora. Observamos mais um ano de crescimento significativo do volume de depósitos, bem como uma evolução muito expressiva de todos os indicadores relacionados com a utilização do sistema financeiro nas transacções económicas correntes, sendo de destacar o aumento de 59 por cento no volume de transacções efectuadas em terminais de pagamento, entre 2013 e 2014. Por outro lado continuam a manter-se alguns desafios relevantes, devendo o sector estar atento à evolução desfavorável dos rácios de crédito vencido que se verificou neste último ano”, afirma Nuno Alpendre, sócio da Deloitte.

Segundo o estudo, o peso dos depósitos em moeda nacional tem crescido em detrimento da moeda estrangeira, com uma variação positiva de sete pontos percentuais, de 58 por cento em 2013 para 65 por cento em 2014. O valor dos depósitos de clientes no sector bancário, em 2014, foi de 5350 mil milhões de kwanzas, representando um crescimento de 15 por cento face a 2013.

O crédito líquido a clientes também aumentou em comparação com o ano anterior. O seu valor agregado ultrapassou os 2930 mil milhões de kwanzas em 2014, o que corresponde a um aumento de oito por cento face a 2013. O peso do crédito sobre clientes na estrutura global de activos dos bancos nacionais foi de 41 por cento em 2014. Relativamente ao rácio de crédito vencido, este ascendeu a 14,5 por cento, registando-se um aumento quando comparado com o valor do período anterior de 11,2 por cento.

Em 2014 estavam em actividade 23 bancos, perspectivando-se a entrada em actividade de seis novos bancos durante o ano de 2015.

Sobre o Banca em Análise

O Banca em Análise é o estudo de referência do sistema financeiro angolano que a Deloitte realiza desde 2006, apresentando este ano a sua 10.ª edição. Compara os bancos em termos de dimensão, rentabilidade e eficiência, juntando estudos globais da economia e do sector, bem como entrevistas com os seus protagonistas.

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