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Angola gasta mais de cinco milhões de dólares por dia na importação de combustíveis

O nosso país gasta cerca de 5,5 milhões de dólares por dia para importar combustíveis, devido à reduzida capacidade de refinação. Em causa estão dados compilados pela Lusa com base no mais recente relatório mensal sobre o sector do Petróleo e Gás do país e que indicam que Angola importou em Julho mais de 189 milhões de dólares em derivados do petróleo.

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Em todo o mês foram importados por Angola cerca de 278,91 mil toneladas de produtos refinados, sobretudo gasóleo (75 por cento) e gasolina (21,6 por cento). Em contrapartida, a refinaria de Luanda produziu neste período apenas 214,98 mil toneladas de derivados de petróleo, essencialmente gasóleo. "Devido a problemas técnico-operacionais não houve produção de gasolina", aponta o relatório.

Construída em 1955, esta refinaria opera a cerca de 70 por cento da sua capacidade e apresenta custos de produção superior aos dos combustíveis importados, indica um relatório de 2014 sobre o sector, produzido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Angola tem em curso projectos para a construção de duas novas refinarias, no Lobito e no Soyo, com previsão de funcionamento para 2017.

O consumo de derivados do petróleo quadruplicou em Angola desde 2005, ascendendo a 119 mil barris por dia em 2013, segundo o mesmo relatório. O gasóleo responde pelo grosso do consumo (63 por cento), utilizado também para a produção de electricidade, seguido da gasolina (15 por cento) e do GPL (11 por cento).

Ainda segundo o FMI, apesar de Angola ser o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana, tendo atingido este ano a marca dos 1,8 milhões de barris por dia, a maioria dos produtos refinados são importados (82 por cento) e o restante é processado no país pela refinaria nacional.

Devido à necessidade de importação e para manter os preços ao consumidor artificialmente baixos, o Estado angolano subsidia a aquisição dos combustíveis no exterior, operação que representou 3,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) angolano em 2014. Esses apoios começaram a ser eliminados progressivamente nos últimos meses, com o consequente aumento de preços nos postos de abastecimento.

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