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CFB investe três milhões na reparação de meios e prevê reparar 50 carruagens até Novembro

O Caminho de Ferro de Benguela (CFB) informou que, para superar os constrangimentos registados nos serviços, tem em curso a implementação de um plano de contingência que vai assegurar a reparação e substituição das carruagens, através da aquisição de novos meios a partir da África do Sul. Nesse sentido, a empresa vai investir três milhões de dólares na reparação e substituição de 50 carruagens, esperando-se que a oferta de lugares condignos e frequência regular dos serviços normalizem entre Outubro e Novembro deste ano.

: Facebook Caminho de Ferro de Benguela- E.P.
Facebook Caminho de Ferro de Benguela- E.P.  

Em comunicado, a que o VerAngola teve acesso, a direcção do CFB explica que oferta dos serviços "diminuiu consideravelmente" devido a motivos técnicos relacionados "com o desgaste acentuado" dos meios, "reduzindo a oferta segura dos referidos serviços".

No entanto, o CFB adianta que já tem em curso um plano de contingência para tentar ultrapassar estas dificuldades.

"Para ultrapassar estes constrangimentos, o CFB está a implementar um plano de contingência que vai garantir a reparação e substituição dos referidos rodados em tempo oportuno através da aquisição de meios novos a partir da Africa do Sul", lê-se na nota.

Nesse sentido, a empresa prevê que os serviços voltem à normalidade entre Outubro e Novembro deste ano, prazo em que irão chegar os primeiros lotes de material de reposição dos meios.

"A normalização da oferta de lugares condignos e a frequência regular dos serviços de transporte de pessoas e pequenos volumes será reposta entre os meses de Outubro e Novembro de 2024, período em que vão chegar os primeiros lotes de material de reposição de rodados", refere a nota.

Segundo a Angop, o CFB vai investir três milhões de dólares na reparação e substituição de meia centena de carruagens, através da África do Sul, tendo em vista melhorar os serviços no trajecto entre Lobito e Luena.

António Cabral, presidente do Conselho de Administração (PCA) do CFB, é possível que as 50 carruagens sejam restauradas até Novembro deste ano, no sentido de fortalecer a quantidade de comboios no trajecto supracitado e vice-versa.

Depois de feita a reparação, segundo a Angop, cada comboio vai contar com uma composição de 10 carruagens no percurso entre Lobito e Luau, conectando Benguela e Moxico, com passagens pelas províncias do Huambo e Bié.

Nesta Terça-feira, o PCA do CFB e o governador do Moxico, Ernesto Muangala, mantiveram um encontro para falarem sobre as perspectivas da empresa no sentido de encontrarem soluções para os problemas que têm inquietado os cidadãos.

Citado num comunicado do governo do Moxico, António Cabral disse que "os problemas do Moxico são preocupação também da empresa, que neste momento tem a sua capacidade de oferta reduzida devido às locomotivas que se encontram degradadas" e que "todos os esforços estão a ser empreendidos para ter a situação resolvida com maior brevidade possível".

Na ocasião, deixou a garantia de que "até Novembro a situação estará ultrapassada e haverá mais oferta e redução da procura, com a recuperação de 50 carruagens e algumas novas que entraram no país".

"Estamos a fazer tudo para dar o conforto necessário à população", disse, citado no comunicado do governo provincial.

"Antes só tínhamos ideias, mas agora temos dinheiro e estamos a fazer", referiu o PCA, que, citado pela Angop, informou que devido ao desgaste das carruagens com tempo vida útil de 10 anos, a empresa possui somente 25 carruagens para transportar passageiros, sendo "muito abaixo da sua capacidade".

Já o governador provincial incentivou a empresa a actuar no sentido de solucionar os constrangimentos registados, bem como sugeriu melhorar a parte organizacional, sobretudo no que diz respeito ao procedimento da comercialização de bilhetes no sentido de evitar a sobrelotação.

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