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Angola aguarda momento para emitir 'eurobonds' porque taxas actuais são desfavoráveis

O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro descartou, para já, a emissão de ‘eurobonds’, apesar de os indicadores macroeconómicos permitirem que Angola recorra a este instrumento.

:  Angola Image Bank
Angola Image Bank  

Ottoniel dos Santos falava aos jornalistas numa sessão promovida pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, que abordou o tema "Programa de Reforma e Sustentabilidade das Finanças Públicas".

Segundo Ottoniel dos Santos, o Estado emitiu recentemente obrigações de tesouro no mercado nacional, mas para investidores que operam em Angola, dos quais alguns têm fluxos em moeda estrangeira, sem qualquer ligação à emissão de 'eurobonds'.

O governante salientou que Angola faz um acompanhamento "muito firme" sobre o rácio de dívida e o Produto Interno Bruto e sobre a solvabilidade do país relativamente àquilo que são os principais indicadores macroeconómicos, o que permite que possa entrar no mercado internacional, no momento em que achar "mais adequado".

Neste momento, argumentou Ottoniel dos Santos, os mercados internacionais estão novamente abertos a países com as características de Angola, todavia, para o Governo não é a melhor altura para emitir "eurobonds" devido aos juros que estão a ser cobrados.

"Nós achamos que são taxas proibitivas e por essa razão estamos numa expectativa a olhar para aquilo que são os desenvolvimentos junto de mercados internacionais, especialmente no que diz respeito à definição das taxas", referiu.

O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro frisou que se assiste a uma queda das taxas, que são orientadoras em mercados internacionais como os Estados Unidos da América e a Europa, por via de juros dos bancos centrais.

"Havendo essa tendência de queda haverá mais espaço para países como Angola, que é um país em desenvolvimento, ter taxas que não sejam tão proibitivas assim", sublinhou.

De acordo com Ottoniel dos Santos, esta é uma visão que as autoridades angolanas têm estado a partilhar com entidades ligadas aos mercados internacionais.

"No sentido de dizermos que percebemos que o mercado está neste momento aberto para países como Angola, mas estamos neste momento a olhar para estas variáveis, no sentido de estarmos depois a comprometer a nossa capacidade de executar, por força de um serviço da dívida mais pesado que poderemos ter", referiu.

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