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PR visita barragem do Ndué que será solução para a seca e cheias no Cunene

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, informou que as barragens do Ndué e do Calucuve tanto vão dar resposta aos problemas da seca como das cheias. Em declarações no âmbito de uma visita que o Presidente da República, João Lourenço, realizou no Domingo, à barragem do Ndué, o governante explicou que as duas barragens “não serão apenas uma solução para a seca, mas também para as cheias, prevenindo a inundação da cidade de Ondjiva durante períodos de elevada pluviosidade”.

: Facebook Governo de Angola
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No terceiro e último dia da jornada de trabalho no Cunene, o chefe de Estado constatou o curso das obras de construção da barragem do Ndué, que se situa no município de Cuvelai, no Cunene, e tem conclusão prevista para Dezembro do presente ano.

Segundo um comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso, na ocasião, o Presidente da República, que se fez acompanhar da primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, observou a empreitada, bem como foi informado acerca da execução das obras.

Esta barragem, cuja obra apresenta um avanço físico de 74,5 por cento e um avanço financeiro de 74,1 por cento, tem entrada em funcionamento prevista para o primeiro trimestre do próximo ano.

"A Barragem do Ndué, com 1500 metros de comprimento e uma altura de 32,80 metros, está projectada para servir uma área de 2000 hectares e armazenar até 170 milhões de metros cúbicos de água", lê-se na nota.

Segundo uma outra nota do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso, a infra-estrutura vai servir para "acumular água para as populações e o gado", bem como "terá um canal adutor de 75 quilómetros e 15 chimpacas".

"Ao todo (albufeira e chimpacas), a barragem vai poder armazenar um volume de 50 mil metros cúbicos de água", aponta a nota, que acrescenta que "esta obra pública representa um investimento do Estado de 73 milhões de dólares".

No âmbito da visita – onde João Lourenço viu o descarregador de superfície, a albufeira da barragem, bem como passou pela galeria de desvio, onde se mostrou satisfeito e conversou por alguns minutos com os ministros do Turismo e da Energia e Águas –, João Baptista Borges assegurou que a transferência de água do rio Cunene para a barragem do Ndué está a progredir bem.

Citado pelo Jornal de Angola, o governante disse que tanto a barragem do Ndué como do Calucuve vão diminuir a falta de água, assegurar a segurança alimentar, fomentar a agricultura, incentivar o turismo e revitalizar equipamentos públicos.

A barragem do Ndué, segundo a Angop, começou a ser construída em Março de 2022 e, após conclusão, vai favorecer aproximadamente 55 mil famílias e 60 mil animais, além de proporcionar emprego directo a 897 cidadãos (722 nacionais e 125 expatriados). A obra tem duração de 30 meses e está orçada em aproximadamente 192 milhões de dólares.

Já a barragem do Calucuve apresenta uma execução na ordem de 44 por cento e tem um custo avaliado em 177 milhões de dólares. Com 19 metros de altura, este projecto deverá ser executado em 20 meses.

Além destas barragens, somam-se ainda os projectos em curso na margem direita, como por exemplo a construção da barragem da Cova do Leão (Cahama).

Refira-se que a barragem do Ndué está inserida no Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola (PCESSA), que também inclui a Huíla e o Namibe.

O referido programa foi apresentado pelo engenheiro Narciso Ambrósio, director do Instituto Nacional de Recursos Hídricos, numa apresentação que foi acompanhada por João Lourenço.

Na ocasião, de acordo com o comunicado do Governo, Narciso Ambrósio esclareceu que na Huíla se prevê a construção da barragem do Nene, que vai reforçar "o abastecimento de água na cidade do Lubango e municípios adjacentes, bem como a construção da barragem de Neipo, associada a um canal que levará água até Chianje-Quihita, com chimpacas que servirão de reservatórios permanentes".

Já no Namibe, o programa prevê a "a construção da barragem do Bentiaba e a reabilitação da barragem do Belo, bem como a recuperação de 43 pequenas barragens em alvenaria nos municípios da Bibala, Camucuio, Virei e Moçâmedes", cujas iniciativas têm em vista "melhorar a disponibilidade de água nessas regiões, onde algumas das infra-estruturas datam da década de 1960".

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