A inauguração do referido hospital insere-se assim no programa da visita de João Lourenço ao Cunene, onde aterrou na tarde desta Sexta-feira, tendo sido recebido com "muita alegria, cantos e um leque de danças que compõe o mosaico cultural da província", segundo uma nota do governo do Cunene, a que o VerAngola teve acesso.
Na cerimónia de inauguração, o chefe de Estado, fazendo-se acompanhar da primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, procedeu ao descerramento da placa da nova unidade hospitalar.
Entre as valências deste hospital, que conta com 220 camas, destaca-se o serviço de hemodiálise, que começou a funcionar antes mesmo da inauguração do hospital.
Este que é o primeiro serviço de hemodiálise da província entrou em funcionamento na passada Quarta-feira. O acto contou com o testemunho da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, e da governadora do Cunene, Gerdina Dilalelwa, que, na ocasião, conversaram com os primeiros pacientes beneficiários deste serviço.
Além disso, a unidade hospitalar – que está situada no bairro Naipalala III e começou a ser construída em 2021, numa empreitada avaliada em 52 milhões de euros (cerca de 56 milhões de dólares) – disponibiliza ainda uma variedade de serviços como pediatria, urgência, estomatologia, obstetrícia, endoscopia, oftalmologia, raio x simples e computarizado e cirurgia, etc.
Segundo a Angop, o hospital 'General Simione Mucune' conta com 26 blocos, bem como quatro blocos operatórios e quatro unidades de internamento, sendo que, além do serviço de hemodiálise, o hospital também compreende internamento psiquiátrico, oito residências para médicos e banco de sangue.
Refira-se ainda que se encontra salvaguardado o capital humano que irá garantir que o hospital funcione, tendo um total de 45 médicos realizado especializações em diversas áreas, tanto fora do Cunene como em termos locais. No entanto, segundo a Angop, o Ministério da Saúde também procedeu à mobilização de alguns especialistas com mais experiência no sentido de garantir os serviços prestados pela nova unidade, sendo que de forma gradual, serão contratados trabalhadores até se preencher o quadro normal, correspondente a mais de 1300 profissionais.
Recorde-se que João Lourenço, a 19 de Julho, já tinha anunciado que o novo hospital do Cunene ia abrir portas no prazo de duas semanas, quando falava à imprensa depois de ter inaugurado, nesse mesmo dia, o Hospital Geral de Cacuaco.
O chefe de Estado chegou esta Sexta-feira ao Cunene, onde vai permanecer até Domingo. Nesta sua jornada de trabalho de três dias, além da inauguração do hospital, a sua agenda também prevê, para Sábado, a realização da reunião do Conselho de Governação Local, enquanto no Domingo, se vai deslocar até ao município do Cuvelai onde vai constatar a empreitada da barragem de Ndué.