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Secretário executivo diz que SADC não deve exportar matérias-primas e importar produtos transformados

O secretário executivo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Elias Mpedi Magosi, defendeu esta Quinta-feira que a região "não pode continuar" a perder os benefícios dos recursos naturais, exportando matérias-primas para depois importar produtos transformados.

: Facebook da Presidência da República - Angola
Facebook da Presidência da República - Angola  

"Não podemos continuar a perder os benefícios dos recursos abundantes que temos, como petróleo e minérios, continuando a exportar sem valor acrescentado, para depois importar esses produtos já transformados", disse Elias Mpedi Magosi na abertura da 43.ª cimeira da SADC, que decorre esta Quinta-feira em Luanda.

"A nossa estratégia de industrialização busca limitar a importações de bens transformados e fomentar a exportação, fortalecendo a competitividade e a integração regional", acrescentou o secretário-executivo da SADC, uma região com um Produto Interno Bruto de 720 mil milhões de dólares, mais de 661 mil milhões de euros, e que alberga cerca de 360 milhões de pessoas.

"75 por cento dos habitantes são jovens, e a região é um mercado com enorme potencial de investimento e de desenvolvimento económico", vincou Elias Mpedi Magosi.

No discurso que marcou o início dos trabalhos, o responsável deixou ainda um apelo "aos parceiros de cooperação internacional e ao sector privado para juntarem os esforços com a SADC e os Estados-membros para implementar projectos que façam a diferença na vida dos cidadãos".

A 43.ª cimeira ordinária dos líderes políticos da organização regional decorre sob o lema "Capital Humano e Financeiro: Os Principais Factores para a Industrialização Sustentável na Região da SADC".

O Presidente da República, João Lourenço, que sucede na liderança política do bloco ao seu homólogo da República Democrática do Congo (RDCongo), Félix Tchisekedi, discursou na abertura dos trabalhos, que abordarão questões políticas, socioeconómicas, de paz e segurança, capacitação da juventude e das mulheres.

A liderança política da SADC por Angola deverá ser marcada por dois focos de tensões, designadamente o conflito no leste da vizinha RDCongo e os actos de terrorismo em Cabo Delgado, Moçambique, onde a SADC tem uma força (SAMIM - Missão Militar da África Austral) para combater o fundamentalismo islâmico.

A SADC é um bloco económico formado pelos lusófonos Angola e Moçambique, além da África do Sul, Botsuana, República Democrática do Congo, Comores, Lesoto, Madagáscar, Malaui, Maurícias, Namíbia, Essuatíni, Seicheles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.

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