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Presidente moçambicano participa na cimeira da SADC em Luanda

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, participa esta Quinta-feira na 43.ª cimeira ordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em Luanda, um mês depois de o órgão prorrogar o apoio militar ao país, anunciou a Presidência.

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"Durante a cimeira, os chefes de Estado e de Governo irão abordar questões políticas, socioeconómicas, de paz e segurança", refere a Presidência da República de Moçambique.

A cimeira da SADC realiza-se em Luanda sob o lema "Capital Humano e Financeiro: Os Principais Fatores para a Industrialização Sustentável na Região da SADC".

Segundo a Presidência moçambicana, os líderes políticos da organização deverão ainda discutir formas de "mobilizar esforços conjuntos para fortalecer a integração regional face aos desafios com que a região se confronta".

Angola assume este ano a presidência rotativa de um ano da SADC, sucedendo à República Democrática do Congo (RDCongo).

Em Julho, a SADC decidiu prorrogar, por mais um ano, o prazo da Missão Militar da África Austral (SAMIM, na sigla inglesa) que apoia Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, região que enfrenta há quase seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Uma missão de avaliação, consultada pela Lusa, propôs a retirada completa dos militares da África Austral de Cabo Delgado até Julho de 2024, assinalando que a situação na província "está agora calma", apesar de os riscos prevalecerem.

Nas recomendações, a missão de avaliação aconselha o início gradual da saída da SAMIM a partir de 15 de dezembro deste ano e a conclusão da retirada em 15 de julho de 2024, isto é, um dia antes do fim do prazo da prorrogação decidida pela troika da SADC.

A resposta militar com apoio de forças estrangeiras em Cabo Delgado começou em Julho de 2021 e, além de países-membros da SADC, conta com o Ruanda.

Vários distritos junto aos projetos de gás foram libertados desde a chegada das forças estrangeiras, mas surgiram novas vagas de ataques isolados a sul da região e na vizinha província de Nampula.

Em quase seis anos de ataques rebeldes, o conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

A SADC é um bloco económico formado pelos lusófonos Angola e Moçambique, além da África do Sul, Botsuana, República Democrática do Congo, Comores, Lesoto, Madagáscar, Malaui, Maurícias, Namíbia, Essuatíni, Seicheles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.

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