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Disputa de votos está renhida e “é prematuro MPLA cantar vitória”, diz Osvaldo Mboco

O analista político Osvaldo Mboco defendeu esta Quinta-feira que ainda é “prematuro o MPLA cantar vitória” nas eleições gerais porque a disputa “está renhida”, com o partido no poder a aparecer em vantagem (52,08 por cento) sobre a UNITA (42,98 por cento).

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"Claro é muito prematuro cantar vitória, porque o MPLA tem 52,08 por cento e a UNITA tem 42,98 por cento, quer dizer que a diferença entre ambos não é superior a 9 por cento, se ainda tem 14 por cento para ser apurado então, logo, é prematuro (o MPLA) cantar vitória", afirmou Osvaldo Mboco, em declarações à Lusa.

"Nós estamos a ter uma corrida muito apertada, muito renhida, e só com a divulgação final dos resultados entenderemos se cada partido político conseguiu eleger quantos deputados e também o vencedor, porque, como deves calcular, maioria simples em Angola constitui Governo", sustentou.

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou esta Quinta-feira que o MPLA mantém vantagem, com 52,08 por cento dos votos, seguido da UNITA, com 42,98 por cento, quando estão escrutinados 86,41 por cento dos votos das eleições gerais desta Quarta-feira.

Com 77,12 por cento dos votos apurados em Luanda, a União Nacional para a Libertação Total de Angola (UNITA) lidera com 62,93 por cento dos votos e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) segue em segunda posição com 33,06 por cento, anunciou esta Quinta-feira o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo.

Para Osvaldo Mboco, os resultados nacionais provisórios indicam que o MPLA lidera pelo círculo nacional, que elege 130 deputados, "e é sinónimo de que o MPLA conseguirá eleger mais deputados pelo círculo nacional em comparação aos outros partidos".

Cada círculo provincial, distribuídos pelas 18 províncias do país, elege cinco deputados cada, perfazendo 90 deputados. As eleições gerais elegem na globalidade 220 deputados (130 pelo círculo nacional e 90 pelo círculo provincial).

A UNITA lidera a preferência dos eleitores em Luanda, maior praça política do país, e o mesmo acontece na província do Zaire, em comparação com o MPLA, sendo que em Cabinda a disputa entre ambos está quase equilibrada.

"Em Luanda faltam basicamente menos de 20 por cento para serem escrutinados, é um indicador de que poderemos ter a UNITA a dar 5/2 no MPLA, e também no Zaire é o mesmo indicador", observou Osvaldo Mboco.

"Com esse número global de votos, quer dizer que faltam aproximadamente 14 por cento de votos a serem escrutinados e essa percentagem ainda é significativa para alterar a votação que nós temos de forma provisória", rematou o analista político.

As quintas eleições gerais em Angola perpetuaram a disputa entre os dois principais partidos do país, o MPLA e a UNITA, que tentam conquistar a maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional.

As eleições de Quarta-feira decorreram em todo o país e, pela primeira vez, no exterior.

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