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MPLA segue em vantagem com 52 por cento do total e UNITA ganha Luanda

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou esta Quinta-feira que o MPLA mantém vantagem, com 52,08 por cento das votações, seguido da UNITA, com 42,98 por cento, quando estão escrutinados 86,41 por cento dos votos das eleições gerais desta Quarta-feira.

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Com 77,12 por cento dos votos apurados em Luanda, a mais populosa província do país, a União Nacional para a Libertação Total de Angola (UNITA) lidera com 62,93 por cento dos votos e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) segue em segunda posição com 33,06 por cento, anunciou esta Quinta-feira o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo.

Em terceiro, surge o Partido de Renovação Social (PRS) com 1,18 por cento, seguindo-se a Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA), com 1,07 por cento, o Partido Humanista de Angola (PHA), com 1,02 por cento, a coligação Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), com 0,73 por cento, e a Aliança Patriótica Nacional (APN), com 0,48 por cento.

No que diz respeito aos círculos provinciais, segundo os resultados apurados até ao momento, Luanda e Zaire são as duas únicas das 18 províncias do país em que o principal partido da oposição segue com vantagem.

Na província petrolífera do norte do país, com mais de 98 por cento do apuramento feito, a UNITA conquista 52,25 por cento das preferências do eleitorado face aos 36,14 por cento do MPLA.

Já em Cabinda, também rica em "ouro negro", a disputa segue renhida. Às 10h24, com menos de 22 por cento de resultados apurados, o MPLA seguia na frente com 45,58 por cento dos votos, com escassa diferença da UNITA (45,28 por cento).

O Cunene surge, para já, como principal conquista do MPLA, que consegue 81,96 por cento dos votos dos eleitores desta província do sul, contra 15,20 por cento da UNITA.

Na segunda província mais populosa, a Huíla, com mais de 88 por cento dos resultados apurados, é o MPLA que domina com 67,51 por cento dos votos, enquanto a UNITA não ultrapassa 30 por cento.

Em Benguela, terceira maior província do país, onde foram apurados mais de 94 por cento dos resultados, o MPLA mantém-se em primeiro lugar com 53,77 por cento dos votos e a UNITA conquista 42,90 por cento.

No Huambo, a quarta maior em termos de população, com 97 por cento dos votos escrutinados, o MPLA ganha com 57,31 por cento e a UNITA não vai além dos 38,62 por cento.

O Bié, terra natal do fundador da UNITA Jonas Savimbi, dá a vitoria ao MPLA com 60,44 por cento, enquanto o principal partido da oposição se fica pelos 35,11 por cento, estando escrutinados 88 por cento dos votos.

No Bengo, com o escrutínio praticamente concluído (99,47 por cento), vence o MPLA com 55,4 por cento do total, enquanto a UNITA fica pelos 39,21 por cento.

No Cuanza Norte, quase totalmente apurado, ganha igualmente o MPLA com 60,68 por cento, enquanto a UNITA conquista 32,48 por cento dos votos, sendo a vitoria do MPLA mais expressiva no Cuanza Sul, com 67,95 por cento face aos 27,15 por cento da UNITA.

Nas Lundas Sul e Norte, províncias ricas em diamantes e de maioria Tchokwe, o partido PRS consegue o terceiro lugar, com 10,68 por cento na Lunda Sul (MPLA, com 52,02 por cento e 34,84 por cento para a UNITA) e 5,58 por cento na Lunda Norte (MPLA, com 55,43 por cento e UNITA com 34,31 por cento).

Também no Moxico, outra província de predominância Tcokwe, o PRS surge em terceiro lugar. O MPLA surge em primeiro, com 68,42 por cento e a UNITA em segundo, com 26,20 por centos das preferências do eleitorado.

O Malanje, praça-forte do MPLA, volta a dar vitória ao partido que obtém 60,80 por cento dos votos contra 33,31 por cento da UNITA.

No Namibe, o partido no poder lidera também com 64,25 por cento da votação, enquanto a UNITA tem 31,87 por cento dos votos escrutinados.

No Uíge, 57,65 por cento dos eleitores deram vantagem ao MPLA (UNITA em segundo lugar com 35,45 por cento), enquanto no Cuando Cubango é expressiva a vitoria do partido no poder, com 68,74 por cento dos votos (UNITA com 27,05 por cento).

A votação mostra ainda que os terceiros e quarto lugares do parlamento (actualmente CASA-CE e PRS) poderão trazer algumas surpresas já que tudo indica que a votação na CASA-CE será inexpressiva e o parlamento poderá acolher a estreante Bela Malaquias, líder do PHA.

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