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Depósitos em moeda estrangeira nos bancos comerciais angolanos caíram 5 mil milhões de dólares

Os depósitos em moeda estrangeira nos bancos comerciais angolanos caíram 5,0 mil milhões de dólares nos últimos seis anos e os depósitos em moeda estrangeira expressos em kwanzas aumentaram, anunciou o banco central.

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O Banco Nacional de Angola (BNA), em nota sobre a evolução dos depósitos por moeda no sistema financeiro, diz que entre 31 de Janeiro de 2015 e 20 de Junho de 2021 os depósitos em moeda estrangeira "apresentam uma tendência decrescente".

Segundo o BNA, em 31 de Janeiro de 2015, os depósitos em moeda estrangeira situavam-se em 15,5 mil milhões de dólares ao passo que em 30 de Junho de 2021 reduziram para 10,5 mil milhões de dólares, menos 5,0 mil milhões de dólares.

A volatilidade dos depósitos em moeda estrangeira, explica o banco central, é devida, "em grande parte, à volatilidade do preço do petróleo que afecta directamente os depósitos das empresas petrolíferas e do Tesouro Nacional no sistema bancário".

Quando os depósitos em moeda estrangeira são expressos em moeda nacional, "verifica-se uma subida desses depósitos, que acompanha exactamente a tendência da taxa de câmbio, ou seja, não obstante a contração dos depósitos em moeda estrangeira, a depreciação do kwanza, moeda angolana, resultou num aumento destes depósitos", argumenta o BNA.

Na nota, a que a Lusa teve acesso esta Quinta-feira, o BNA reitera que o "aumento dos depósitos em moeda estrangeira, quando expressos em moeda nacional, justifica-se, unicamente, pela depreciação do kwanza".

"Os depósitos em moeda estrangeira expressos em kwanzas têm aumentado o seu valor nominal e não propriamente o seu volume, pelo que não deve ser confundido com um aumento das transações em moeda estrangeira na economia ou com incremento dos níveis de 'dolarização' no sistema financeiro nacional", observa ainda o BNA.

Angola vive desde finais de 2014 uma crise económica, financeira e cambial devido à queda acentuada do preço do petróleo, maior suporte da economia angolana, no mercado internacional com reflexos negativos na condição socioeconómica dos cidadãos e empresas.

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