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Seis instituições angolanas e sul-africanas na corrida à privatização do BCI

O Banco de Comércio e Indústria (BCI), instituição pública angolana em fase de privatização, conta com seis candidatos pré-qualificados para o leilão em bolsa, que vai decorrer a 1 de Outubro, anunciou o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).

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A informação foi prestada por Augusto Kalikemala, administrador do IGAPE, durante um 'webinar' sobre privatizações de activos e participações do Estado.

O BCI é uma das empresas de referência que integra o Programa de Privatizações (Propriv) lançado pelo Presidente, João Lourenço, em 2019, e vai ser alienado através de um leilão em bolsa depois da qualificação dos interessados e validação por parte do Banco Nacional de Angola (BNA), adiantou.

Augusto Kalikemala explicou que este tipo de procedimentos se desenrola em várias fases. Inicialmente, foram apresentadas 16 propostas não vinculativas, das quais seis foram pré-qualificadas, de acordo com a informação prestada, os requisitos do Banco Nacional de Angola e os resultados de um processo abrangente de 'due dilligence', ainda a decorrer, que avalia a capacidade financeira.

Em breve, os seis candidatos com propostas vinculativas vão saber se serão ou não admitidos a leilão, indicou o mesmo responsável, avançando que manifestaram interesse instituições sul-africanas, inglesas, quenianas e europeias, mantendo-se na corrida os sul-africanos e angolanos.

O programa inicial contemplava a privatização de 195 activos, mas, em Fevereiro, foram excluídos 70, entre os quais empresas ligadas ao sector da pesca artesanal, e foram acrescentados outros 14, estando agora 139 activos no pacote, das quais 41 foram já privatizadas.

O Estado angolano arrecadou até agora receitas avaliadas em cerca de 376 mil milhões de kwanzas, estando o total dos contratos já assinados estimado em 806 mil milhões de kwanzas.

Da programação para 2021, Augusto Kalikemaça destacou a alienação da seguradora ENSA, cujos procedimentos foram já iniciados, dos hotéis da Infotur, de 16 unidades industriais da Zona Económica Especial, dos 10 por cento que o Estado angolano detém no banco BAI e dos 25 por cento de participação no banco CaixaAngola, que serão também alienados por via de leilões em bolsa.

Decorre também a preparação da venda dos 51 por cento que pertencem ao Estado na empresa de distribuição de combustíveis Sonangalp, também através de uma oferta pública inicial.

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