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Indústrias têxteis a privatizar esperam candidaturas até ao final da semana

O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) comunicou que termina na próxima Sexta-feira, dia 7 de Agosto, o prazo para a apresentação de candidaturas para o concurso público que privatizará três indústrias têxteis.

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A concurso - na modalidade de cessão do direito de exploração e gestão - estão a Textang II (Cazenga, Luanda), a África Têxtil (Benguela) e a Comandante Bula, antiga SATEC (Dondo, Cuanza Norte). 

Em comunicado, o instituto refere ainda que após terminar o prazo da apresentação de candidaturas, os interessados poderão visitar os empreendimentos para avaliação.

As unidades industriais

A Textang II, instalada na zona industrial do Cazenga, tem em stock uma vasta quantidade de algodão e alguns produtos acabados, como tecidos. A fábrica foi inaugurada em 2013, tendo uma capacidade de produção de seis milhões de metros/ano de tecido para uniforme e três milhões/ano de tecidos para camisas. 

A unidade industrial ocupa uma área de 109.270 mil metros quadrados, estando equipada com meios diversos.

Outra das unidades a privatizar é a África Têxtil, localizada na zona industrial do Cavaco, em Benguela. A fábrica, que chegou a exportar toneladas de fio para Portugal e para a China trabalha ainda com clientes nacionais como a Clinica Girassol (à qual fornece uniformes) e o Hospital Sanatório do Huambo (que equipa com lençóis e cobertores). 

A África Têxtil é a única das unidades que conta com quatro linhas de produção, fabricando toalhas, cobertores de algodão e lençóis. O custo do material para operar a totalidade das linhas está estimado em três milhões de dólares por semestre.

Por último, será também privatizada a unidade fabril Comandante Bula, no Cuanza Norte. Apesar de ter sido equipada em 2013, nunca foi inaugurada. Está instalada numa área de 90.000 metros quadrados, tendo capacidade de produção de 180 mil peças/mês, 150 mil de t-shirts ‘pólo’ e 480 metros/mês de tecido ‘denim’.

Dispõe de equipamentos e máquinas como abridor de fardos, carda, assador, penteadeiras, macaroqueira, filatórios de anéis e bobinadeira.

Foram já formados 400 técnicos para operarem na unidade, que ainda aguardam a sua abertura.

Se estas três unidades entrarem em funcionamento, após a privatização, o Governo espera reduzir a importação de roupa nova e usada (fardos). A importação da primeira teve um custo de 170 milhões de dólares em 2019, enquanto que a roupa usada custou 65 milhões para chegar ao país.

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