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Japão recebe conferência internacional para o desenvolvimento de África

O Japão vai acolher, entre 28 e 30 de Agosto, a 7.ª Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África (TICAD7, na sigla inglesa), pretendendo reafirmar a parceria entre o país nipónico e o continente africano.

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Na edição anterior (TICAD VI), realizada em 2016, no Quénia, o Japão anunciou um investimento de cerca de 30 mil milhões de dólares a injectar em projectos público-privados a três anos (2016-2018), de forma a assegurar o futuro sustentável de África.

No quadro do TICAD, o Japão apoia actualmente a construção de infraestruturas e projectos agrícolas em Angola, Senegal, Quénia, África do Sul, Moçambique, Cabo Verde, Ruanda e Madagáscar, refere um comunicado da embaixada angolana em Berlim.

Os investimentos japoneses em Angola permitiram, por exemplo, o projecto de reabilitação e expansão do porto comercial do Namibe e do terminal mineiro de Saco-Mar - que permite reforçar a exportação de ferro na província da Huíla -, a instalação de cabo submarino óptico no Atlântico Sul, o reforço de três indústrias têxteis e a reabilitação do hospital Josina Machel, em Luanda.

De resto, o Japão tem procurado desenvolver o Namibe e a região Sul, através do contrato de empreitada para o projecto integrado da baía do Namibe, que o Presidente João Lourenço atribuiu ao consórcio Toyota Tsusho Corporation e TOA Corporation.

Noutras áreas do continente, o Japão tem apoiado a produção de arroz no Senegal e a exploração de metais como paládio, platina e níquel na África do Sul, assim como tem estimulado a produção de energia eléctrica no Quénia.

Em Moçambique, inserido no quadro da parceria estratégica com África, o Japão teve um papel importante no projecto de infraestruturas ferroviárias e portuárias no corredor de Nacala,

No âmbito da TICAD7, que se realiza em Yokohama, Angola está a preparar projectos em vários sectores - energias renováveis, saúde, ensino superior e formação, agricultura, agroindústria, finanças, turismo e tecnologias de informação e comunicação - para apresentar ao Japão em busca de financiamento.

"O ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, considera crucial a implementação dos projectos apresentados por alguns países africanos e já aprovados pelo Japão, particularmente aqueles cuja concretização possa ter impacto e contribua para a integração económica regional", refere o comunicado enviado à Lusa.

As relações políticas e diplomáticas entre Angola e o Japão foram estabelecidas em Setembro de 1976, sendo que as trocas de visitas de alto nível entre representantes dos dois países tiveram início no final dos anos de 1980.

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