"Ele [Augusto Tomás] teve um papel importante em todo o sector dos Transportes, isso é incontestável. Era um ministro dinâmico que personalizada a estratégia do Governo para o sector dos Transportes e [que] ajudou a implementar", afirmou Rui Carreira.
Augusto Tomás, ministro dos Transportes entre 2008 e 2017, foi condenado, na Quinta-feira, a 14 anos de prisão maior e 18 meses de multa, no cúmulo jurídico de quatro crimes, incluindo peculato.
Em causa está o caso do desvio financeiro no Conselho Nacional de Carregadores (CNC), tutelado pelo Ministério dos Transportes, no qual eram co-arguidos antigos administradores daquele instituto do Estado.
O presidente da comissão executiva da operadora estatal, num encontro com jornalistas, questionado se a condenação terá influência na área dos Transportes, defendeu o respeito da decisão do tribunal e considerou que “não tem influência alguma na TAAG e no sector em geral”.
Para o gestor da operadora estatal, cuja metade dos activos devem ser privatizados no âmbito do Programa de Privatizações (ProPriv) do Governo, Augusto Tomás "ajudou a modernizar aeroportos e na reestruturação da TAAG".
"O processo de refundação do ponto de vista profissional, era o ministro, era o líder, agora temos um outro ministro que segue também a mesma linha estratégica e acredito que a condenação não terá influência nenhuma", afirmou.