Segundo o director do gabinete institucional e de imprensa do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, Mateus Rodrigues, o último incidente teve lugar na noite de Sábado, quando por volta das 21h30, foram solicitados para intervir numa rixa entre dois grupos que ocorria no bairro Rocha Pinto.
"Quando a nossa primeira equipa chegou ao local, os nossos efectivos foram recebidos à pedrada e tivemos que recuar para nos reorganizarmos e reunir força suficiente para a reposição da ordem", explicou, no Domingo, durante uma conferência de imprensa.
Mateus Rodrigues disse que nesse período, os cidadãos que estavam no local colocaram obstáculos na via principal do Rocha Pinto, para impedir a circulação rodoviária, havendo a informação de que alguns veículos de pessoas que passavam no local foram danificados.
"Por volta das 22 horas, a nossa equipa chegou ao local, já com condições de repor a ordem, e constatou no local a presença de um cadáver, a essa altura foi possível remover os obstáculos que se encontravam a impedir a circulação na via do Rocha Pinto e por volta das 22 horas a situação regressou ao normal", salientou o responsável.
A polícia está a trabalhar, com a investigação, prosseguiu Mateus Rodrigues, para identificar os dois grupos que envolvidos na contenda, determinar o autor do disparo, que vitimou o cidadão, de 56 anos, bem como identificar os autores dos tumultos que causaram o impedimento da circulação na Avenida 21 de Janeiro.
"Até ao momento não há qualquer detido, mas trabalhamos no sentido de esclarecer os factos, determinar a autoria do crime, determinar os dois grupos e também os autores das arruaças na via principal", frisou.
O director do gabinete institucional e de imprensa do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional referiu que este é o terceiro caso de violência contra a polícia, depois do primeiro ocorrido a 13 de Março, na sequência da morte de uma vendedora ambulante no Rocha Pinto.
"É o terceiro caso e é realmente uma preocupação muito grande para o comando provincial de Luanda e tudo está a ser feito no sentido, nesse caso concreto, de identificar os grupos, determinar as razões pelas quais ocorreu essa situação e também sabermos do porquê dessa violência policial sempre que há uma intervenção, estamos a falar da terceira intervenção em que os nossos efectivos quando vão ao local são recebidos com violência por parte da população", disse.
