O governante, que falava na abertura oficial do primeiro curso de mestrado em Segurança Pública, no Instituto Superior de Ciências Policiais e Criminais (ISCPC) em Luanda, pediu aos 290 recém-licenciados a "aplicação de toda inteligência, conhecimento e experiência" nas acções quotidianas, para que "se eleve a capacidade de resposta às necessidades de segurança pública e estabilidade social".
De acordo com Eugénio César Laborinho, só deste modo será possível garantir “as condições para que as demais instituições do Estado funcionem, plenamente, e se possa garantir, de facto, o bem-estar das populações".
O ministro referiu que é preciso “repensar o processo de colocação dos licenciados em Ciências Policiais e Criminais”, considerando que "não se pode continuar a verificar o desamparo" dos técnicos superiores formados naquele instituto.
"É necessário atribuir-lhes o devido valor, como por exemplo, preencher as vagas que se vão abrir na criação do novo órgão da polícia nacional, a Direcção de Investigação de Ilícitos Penais", frisou.
Em relação ao primeiro curso de mestrado em Segurança Pública, o novo ministro do Interior referiu que os candidatos devem ser capazes de "identificar problemas, traçar estratégias com base em padrões científicos e apontar soluções exequíveis".
"Exortamos aos profissionais desta casa do saber em explorarem mais a sua autonomia científica, que se consubstancia na capacidade de definir, programar e executar as atividades de investigação científica e de desenvolvimento", afirmou.
As acções do ISCPC, adiantou, devem concorrer, "em harmonia com os interesses da polícia nacional e do país", para que os fenómenos da criminalidade e de segurança pública "possam ser estudados e explicados por cientistas da polícia nacional".
O primeiro curso de mestrado em Segurança Pública em Angola possui um total de 14 unidades curriculares, essencialmente ligadas aos ramos das ciências policiais e criminais e jurídicas e humanas.