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Chegada de escravos angolanos aos EUA deve reforçar amizade entre povos

O director do Museu Nacional da Escravatura considerou que os 400 anos da chegada dos primeiros 20 escravos angolanos ao território norte-americano devem traduzir-se no "reforço dos laços de amizade e empatia" entre os dois povos.

Ampe Rogério:

Segundo Vladmiro Fortuna, que falava à margem de uma palestra sobre a chegada de angolanos no Primeiro Assentamento Colonial Inglês na América do Norte, em Agosto de 1919, referiu que o reforço das relações com os Estados Unidos da América (EUA) também cabe no propósito da promoção desta parte da história do tráfico de escravos.

Um objectivo que passa por “criar laços de empatia e amizade entre os dois povos e cada vez mais reforçar as relações a nível diplomático”, também à semelhança do tipo de relação existente com o Brasil, “que assenta numa base histórica e cultural”, afirmou.

"Podemos também fazer desta histórica conexão Angola e Estados Unidos da América uma relação baseada na história e na cultura", adiantou Vladmiro Fortuna, no encontro que também assinalou o Dia Internacional da Abolição do Tráfico Negreiro.

Segundo o director do Museu Nacional da Escravatura, a palestra para recordar a memória do tráfico negreiro e assinalar a chegada dos primeiros escravos angolanos no assentamento norte-americano decorreu antes na província do Zaire e, depois de Luanda, vai ser replicada nas províncias de Benguela e Huíla.

"A palestra de hoje será seguida de um ‘workshop’ a realizar em Outubro, onde vamos abordar os 400 anos da chegada dos primeiros angolanos escravos no assentamento da América do Norte", frisou.

O mesmo responsável assumiu que, "até bem pouco tempo", havia um desconhecimento em relação a esta parte da história, agora "solidificadas pelas investigações", e que "cada vez mais” se vai conhecendo a história que envolve a presença africana na América do Norte.

"O significante nisso reside na participação dos angolanos na fundação dos primeiros assentamentos coloniais na América do Norte e o assentamento holandês na moderna região de Nova Iorque", observou.

Estudantes, crianças, antropólogos, historiadores, membros da direcção do Ministério da Cultura e outros investigadores participaram da palestra, que decorreu no auditório do Museu Nacional da Escravatura, no distrito urbano do Benfica, sul da capital.

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