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Direcção do Museu Nacional da Escravatura alerta para acervo insuficiente

O Museu Nacional da Escravatura, fundado a 7 de Dezembro de 1977, conta actualmente com 60 peças, acervo considerado "insuficiente pela dimensão do sítio histórico", disse a direcção, que aposta na investigação para "enriquecer a exposição".

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Segundo o director-geral do museu, Vladmiro Fortuna, as acções da instituição, que recebe uma média mensal de 4000 visitantes, sobretudo estudantes, estão centradas em investigações "em busca de descobertas que vão atrair” e “enriquecer a exposição permanente".

"Neste particular, temos estado a desenvolver um projecto importante na área da arqueologia para aumentarmos o acervo e melhorarmos a exposição permanente", disse à Lusa Vladmiro Fortuna, em Luanda, no âmbito de uma palestra sobre a chegada de angolanos no Primeiro Assentamento Colonial Inglês na América do Norte, há 400 anos.

Armas feitas em Angola no século XVII, flechas, batuques, algemas de ferro com corrente usadas para prender escravos, grilheta com cadeado, esferas de ferro até 30 quilogramas feitas para impedir a fuga de escravos e panelas de ferro estão entre as 60 peças do museu.

Para Vladmiro Fortuna, o número de peças "ainda é muito reduzido para a dimensão que o museu tem", mas a direcção procura “colmatar essa dificuldade com a divulgação do espaço” onde está instalado, “num edifício histórico”, que é um “lugar de memória".

O Museu Nacional da Escravatura, elevado a património histórico-cultural a 10 de Novembro de 1993, está localizado no litoral do distrito urbano do Benfica, sul de Luanda.

"Procuramos tirar um projecto pedagógico desta instituição fazendo um programa virado para alunos e jovens onde procuramos desenvolver sentimentos de amor à pátria e despertá-los sobre as novas formas de escravidão", explicou o responsável do museu.

Vladmiro Fortuna adiantou que o número de visitantes tende a aumentar todos os anos, referindo que nesse domínio o museu "está no bom caminho" para a consolidação do projecto do Estado, que é “a criação de uma instituição vocacionada à investigação e divulgação desta parte muito importante da História de Angola".

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