O posicionamento foi expresso esta Terça-feira, em Luanda, pelo chefe do Departamento de Segurança de Trânsito e Prevenção Rodoviária da Polícia Nacional, superintendente chefe António Pinduca, no final de uma cerimónia de balanço do ciclo de palestras sobre a sinistralidade rodoviária de Dezembro de 2017 a Agosto de 2018.
"É uma prática que está fortemente enraizada na nossa sociedade e que não é legal, porque o Código de Estrada diz que todos os veículos devem ser matriculados e que, quando circulam na via, deverão ter as matrículas visíveis e legíveis", disse, salientando que, numa primeira fase, a Polícia vai trabalhar numa perspectiva de aconselhamento e de sensibilização para o abandono dessas práticas.
Segundo o oficial da Direcção Nacional de Viação e Trânsito, finda a campanha de sensibilização, a corporação poderá avançar para acções coercivas, por força da lei. "Mas, inicialmente, vamos optar por uma perspectiva de prevenção e elucidar os condutores que não é permitido nem é legal essa coisa de encobrir matrículas", adiantou.
De acordo com António Pinduca, as acções de prevenção e sensibilização estão igualmente agendadas para travar a onda de embaraços que se regista na via pública, sobretudo durante cortejos fúnebres.
"Nos cortejos fúnebres, criam-se embaraços para outros utentes no trajecto das casas fúnebres para os cemitérios. Muita gente fecha os cruzamentos ou entroncamentos para facilitar a circulação das caravanas", adiantou.
Referiu igualmente que, apesar de a polícia "respeitar os mortos e a dor dos entes queridos", as acções a que de forma reiterada se assistem no decurso dos cortejos fúnebres são "ilegais e violam as normas de trânsito"
"Mas é preciso que se respeite mais os vivos. É nesta perspectiva que vamos dar início, nas nossas acções de prevenção, à ideia da necessidade do respeito da circulação rodoviária durante os cortejos fúnebres. Tem de haver respeito pelos outros utentes da via", concluiu.