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Governo gasta mais 110 milhões com o novo aeroporto de Luanda com financiamento polaco

O Governo vai gastar mais de 110 milhões de dólares, através de financiamento polaco, com o novo aeroporto internacional de Luanda, cuja inauguração foi anunciada para 2017 e que será construído por empresas chinesas.

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Segundo um despacho assinado pelo Presidente de 4 de Agosto, ao qual a Lusa teve acesso esta Terça-feira, em causa está a "necessidade" de "proceder ao acabamento e apetrechamento da secção protocolar do Terminal VIP, fabrico e fornecimento das infraestruturas externas e equipamentos" do Novo Aeroporto Internacional de Luanda, em construção no município de Icolo e Bengo, a 30 quilómetros da capital.

Esta empreitada, de acordo com o documento assinado por José Eduardo dos Santos, que autoriza a contratação, está avaliada em 93,3 milhões de dólares e soma-se à construção e apetrechamento do Centro de Formação Aeronáutica, empreita igualmente aprovada no mesmo despacho, no valor de 19,7 milhões de dólares.

O presidente autoriza igualmente o ministro dos Transportes a celebrar os respectivos contratos com as empresas Quenda Business Initiative e Cipro.

"O Ministério das Finanças é autorizado a proceder ao enquadramento dos referidos contratos no âmbito do Programa de Financiamento com a Linha de Crédito do Banco BGK, da República da Polónia, e criar condições para assegurar a execução financeira das respectivas empreitadas", determina ainda o mesmo despacho presidencial.

A factura da construção do novo aeroporto internacional de Luanda já ultrapassa assim os 6400 milhões de dólares, somando as várias obras contratadas a empresas chinesas.

Só a edificação propriamente dita do aeroporto, em curso desde 2004, está a cargo da empresa China International Fund Limited (CIF), contratada pelo Governo por 3800 milhões de dólares.

No equipamento da infraestrutura, o Estado vai gastar mais 1400 milhões de dólares, tendo contratado para o efeito a empresa China National Aero-Technology International Engineering Corporation.

Em 2015 foi escolhido o consórcio da China Hyway Group Limited para construir o acesso ferroviário ao aeroporto. Nesta empreitada, a construção e fornecimento de equipamentos para as cinco novas estações do Caminho de Ferro de Luanda (CFL) representa um investimento público de 255 milhões de dólares.

Somam-se a construção do respectivo ramal ferroviário desde a actual Estação de Baia do CFL ao novo aeroporto internacional de Luanda (num total de 15 quilómetros), por 162,4 milhões de dólares.

Já o programa de obras e intervenções nos acessos viários ao novo aeroporto está avaliado em 692,7 milhões de dólares, envolvendo igualmente empresas chinesas.

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