De acordo com o chefe da diplomacia nacional, para este processo de observação eleitoral, a convite da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), foram constituídos oito grupos que cobriram 116 assembleias de voto em oito municípios da província de Luanda, acrescida da observação também nas províncias de Cabinda, Cunene, Cuando Cubango, Zaire e Benguela.
"Face ao que observou, considera as eleições foram livres, justas e credíveis, premissas que contribuem para o reforço da democracia e coesão nacional", referiu o ministro Georges Chikoti, na leitura da declaração final da equipa de observadores nacionais do Ministério das Relações Exteriores.
Estes angolanos assistiram ainda ao processo de encerramento das urnas e contagem de votos, tendo constatado que foi "rigoroso" e "acompanhado pelos delegados de lista dos partidos concorrentes e observadores". "As eleições gerais foram realizadas de acordo com as práticas internacionais e no respeito dos princípios democráticos e direitos políticos consagrados na Constituição da República de Angola e em consonância com a sua lei eleitoral", declarou Georges Chikoti, que coordenou este grupo de observadores.
Tal como outros observadores, nacionais e internacionais, a equipa de diplomatas reconheceu dificuldades na garantia de alimentação aos técnicos eleitorais presentes nas mesas de voto, bem como dificuldades logísticas no processo de contagem dos votos: "Em algumas assembleias tiveram de recorrer a luz artificial. A contagem foi lenta, mas eficaz".
Os resultados provisórios, divulgados na Sexta-feira pela CNE de Angola, colocam o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) na frente da contagem com 61,05 por cento, e 4.115.302 votos, elegendo João Lourenço como próximo Presidente da República.