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CNE esclarece que apuramento de votos não é só com actas síntese

A porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Júlia Ferreira, esclareceu esta Sexta-feira que o apuramento de votos não é feito apenas com as actas sínteses e de operações eleitorais produzidas em cada assembleia de votos, concorrendo também outros elementos.

Joost De Raeymaeker:

Júlia Ferreira falava aos jornalistas no final da divulgação dos últimos resultados eleitorais provisórios, que dão vitória ao partido Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com 61,70 por cento dos votos alcançados nas eleições gerais de Quarta-feira - contestados pela oposição - e a eleição de João Lourenço como novo Presidente da República.

A responsável do órgão eleitoral reagia às declarações das formações políticas concorrentes sobre a disparidade dos resultados divulgados pela CNE, comparativamente aos seus escrutínios, baseados nas actas sínteses em sua posse, enviadas pelos respectivos delegados de lista nas mesas de voto.

"O apuramento não é feito só com actas, mas com um conjunto de outros elementos, de outros documentos, que reflectem todas as ocorrências verificadas nas mesas das assembleias de voto", aclarou Júlia Ferreira.

Segundo a porta-voz da CNE, os boletins de votos reclamados nas mesas, são submetidos às comissões provinciais eleitorais, que são tratados em sede dos centros de escrutínio provinciais, ou seja, "dar-se solução a esta questão dos votos reclamados".

"Portanto, há uma série de exercícios e procedimentos que têm que ser feitos para que as províncias façam o apuramento provincial, por isso é que mesmo que os partidos tenham em posse as actas sínteses das assembleias de voto e a acta das operações eleitorais, é preciso perceber que há um conjunto de elementos que concorrem para o apuramento provincial e que concorrem para o apuramento nacional e esta informação não está ao dispor dos partidos", afirmou.

Acrescentou que o centro de escrutínio nacional foi equipado com soluções tecnológicas e 'software' adequado, para que todo o processo de apuramento e de escrutínio seja feito, tendo em conta estas ocorrências e informações "que só podem ser tratadas nos centros de escrutínios".

"E foi por isso que fizemos a devida adequação", indicou Júlia Ferreira, com diversos serviços multifuncionais, que foram criados, nomeadamente, os dois centros de gravação, uma área para dar tratamento e apreciar as questões das incidências.

"Tudo isto, todas estas operações, é que fazem o apuramento e o escrutínio e estes mecanismos os partidos políticos não dispõem", reiterou.

A porta-voz da CNE sublinhou que a nível das províncias, o prazo que a lei estabelece é até sete dias para a divulgação dos resultados e a nível nacional é até 15 dias, para a divulgação dos resultados.

"Vamos aguardar com serenidade, o processo está a decorrer bem, estamos em tempo legal, estamos a cumprir o período estabelecido na lei, e o apelo que a Comissão Nacional Eleitoral faz é que os eleitores, os cidadãos, o povo em geral, continue a aguardar com a mesma serenidade, assumindo a mesma postura, o mesmo civismo, a mesma confiança pela CNE como tem assumido até agora", referiu.

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