Os resultados da província de Luanda, um dos mais populosos e onde se encontra a capital, são praticamente finais, uma vez que já foram contabilizados os votos de 2.786.593 eleitores, ou 99,46 por cento do universo, indicam os dados divulgados hoje pela porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Júlia Ferreira.
De acordo com os dados (ainda não finais), o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) lidera a contagem, conseguindo 1.010.371 votos (ou 48,22 por cento), seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 743.879 (ou 35,50 por cento). Estes são os dois únicos partidos que elegem deputados por Luanda, três para o MPLA e dois para a UNITA.
A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), surge como terceiro classificado, com 305.435 votos (14,58 por cento).
Os restantes partidos não conseguem chegar, cada um deles, a um por cento da votação da província da capital. A Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) obteve 15.621 (0,75 por cento), enquanto o Partido de Renovação Social (PRS) conseguiu 12.372 votos (0,59 por cento) e a Aliança Patriótica Nacional (APN) apenas 7655 (0,37 por cento).
O cenário final das eleições deste ano em Luanda é muito diferente das eleições anteriores.
Em 2012, o MPLA obteve 59,47 por cento, contra os 24,77 por cento da UNITA e os 12,84 por cento da CASA-CE, enquanto em 2008 o desequilíbrio foi ainda maior: o MPLA obteve 78,79 por cento e a UNITA apenas 14,06 por cento.
Luanda e Cabinda são assim, das 18 províncias angolanas, as duas únicas onde a oposição, em conjunto, obteve mais votos do que o MPLA.