De acordo com os dados avançados pela porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, quando estão escrutinados 9.114.386 votos (97,82 por cento do total), o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) lidera a contagem nacional, com 4.071.525 votos (61,10 por cento), seguido da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 1.780.038 votos (26,71 por cento).
Com este resultado, que corresponde a um total de 150 mandatos para o MPLA, o partido no governo em Angola consegue também manter a maioria qualificada (acima dos 147 deputados eleitos), apesar da forte quebra da votação face às eleições gerais de 2012.
A UNITA mantém-se como segunda força política de Angola, com a lista liderada por Isaías Samakuva, segundo os dados provisórios da CNE, a subir para 51 deputados.
Na terceira posição surge a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) com 630.234 votos (9,46 por cento) e 16 deputados, mantendo-se na quarta posição o Partido de Renovação Social (PRS), com 88.717 votos (1,33 por cento) e dois deputados.
A histórica Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) viu a votação descer para 60.293 votos (0,90 por cento) e perdeu um dos dois deputados que tinha das últimas eleições.
Fora do parlamento, na contagem provisória, fica a estreante Aliança Patriótica Nacional (APN), arrecadando 32.727 votos (0,49 por cento).
Além da eleição de João Lourenço como Presidente da República, sucedendo a 38 anos de liderança de José Eduardo dos Santos, enquanto cabeça-de-lista do MPLA pelo círculo nacional, estes dados apontam para a eleição de Bornito de Sousa, número dois da lista daquele partido, para vice-Presidente da República.
Os dados nacionais apontam ainda para uma abstenção global de 23,41 por cento, equivalente a 2.134.057 eleitores que não foram às urnas na Quarta-feira, num universo de 9.317.294 em condições de o fazer.