A informação foi prestada esta Segunda-feira à agência Lusa por fonte da delegação da UE em Luanda, acrescentando que o papel dos especialistas da EEM (Election Experts Missions) será o de "avaliar a condução das eleições, bem como fornecer uma avaliação do quadro legal e eleitoral de acordo com os padrões internacionais e regionais para eleições democráticas".
"A EEM recolherá informações sobre as actividades da campanha, o trabalho da administração eleitoral, a implementação do quadro legislativo e a cobertura da campanha na média", referiu a mesma fonte, mas sem adiantar as nacionalidades dos peritos, que chegaram a Luanda na Sexta-feira.
Está prevista a deslocação destes peritos a assembleias de voto. No entanto, "uma observação sistemática da votação, contagem ou tabulação dos resultados não está dentro do âmbito desta missão", esclareceu ainda a delegação da UE em Luanda.
No decorrer da missão, os peritos deverão reunir-se com representantes das autoridades competentes, dos partidos políticos, da sociedade civil, dos meios da comunicação social e da comunidade internacional.
"A missão não fará uma declaração pública sobre as eleições", sublinhou igualmente a fonte.
Uma fonte comunitária tinha já confirmado à Lusa, anteriormente, que a UE deverá apenas enviar uma pequena missão de peritos para estar presente em Angola durante o processo eleitoral, sem lugar a relatório oficial ou a declarações políticas.
O convite do Presidente cessante, José Eduardo dos Santos, para a UE enviar uma missão de observação eleitoral chegou a Bruxelas no dia 27 de Junho, pelo que não houve tempo para preparar a deslocação de uma equipa de observadores, "uma vez que os aspectos logísticos devem ser tratados muito antes das eleições através de um memorando de entendimento", segundo a fonte comunitária.