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Governo avança com a construção de mais 10.000 habitações no Kilamba

O Governo vai avançar com a construção de mais 10.000 fogos na centralidade do Kilamba, arredores de Luanda, tendo já aprovado um crédito adicional ao Orçamento Geral do Estado de 17,4 milhões de dólares.

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A informação consta de um decreto assinado este mês pelo Presidente José Eduardo dos Santos, ao qual a Lusa teve acesso esta Quinta-feira, autorizando a abertura deste crédito adicional para o "pagamento inicial" da construção de infra-estrutura urbana com 10.000 fogos no Kilamba.

Esta empreitada esteve condicionada pelas dificuldades financeiras que o país atravessa, devido à quebra nas receitas do petróleo, o que travou o investimento público nos últimos meses.

Considerado um dos maiores do projecto do género em África, a cidade de Kilamba, inaugurada em Julho de 2011, já conta com 20.000 apartamentos construídos (de um total inicial previsto de 90.000), estando por isso, concluída a primeira de três fases do projecto.

Segundo despacho presidencial de 5 de Novembro, a primeira etapa da fase 2 - que o chefe de Estado anunciou há dois anos - prevê a construção de mais de 10.000 fogos habitacionais pela CITIC Construção Angola, por 607 milhões de dólares.

Ao valor da construção, acrescem mais 11,2 milhões de dólares para serviços de coordenação e gestão do projecto, que ficará a cargo da empresa Serveng, e 17,2 milhões de dólares para os serviços de fiscalização do projecto, pela empresa Soapro.

Em concreto, o Plano Director da Cidade do Kilamba, cuja construção está a cargo de empresas chinesas, abrange uma área de 54 quilómetros quadrados e prevê a construção de 710 edifícios, 24 creches, nove escolas primárias, oito escolas secundárias e 50 quilómetros de vias.

Segundo a administração da cidade de Kilamba, vivem nesta centralidade 55.000 pessoas, estando em fase final de implementação vários serviços de apoio social, nomeadamente um centro de saúde com funcionamento 24 horas por dia.

Estas novas centralidades, construídas de raiz em vários pontos do país, integram-se no Plano Nacional de Habitação e a sua aquisição, sobretudo por funcionários públicos, é anunciada pelo Executivo como possível com preços controlados e mais acessíveis.

Contudo, ao longo dos últimos anos têm sido relatados publicamente problemas na aquisição de apartamentos na cidade de Kilamba, a sua reduzida taxa de ocupação ou a falta de serviços de apoio.

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