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Economia

Menos receitas, menos gastos: FMI recomenda ajustamento salarial da função pública

O Fundo Monetário Internacional recomendou ao Governo um melhor ajustamento da massa salarial no sector público em função do novo cenário económico que o país vive, face à baixa de preços do barril de petróleo.

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Em conferência de imprensa realizada esta terça-feira em Luanda pelo coordenador da missão do FMI, Ricardo Veloso, que durante duas semanas trabalhou em Luanda com as autoridades angolanas, este responsável sublinhou que durante o período de preço alto do petróleo, o Orçamento Geral do Estado contava com cerca de 30 por cento do PIB de arrecadação petrolífera, que actualmente caiu para metade (15 por cento). "A massa salarial naquela época era de 10 a 12 por cento do PIB e continua a mesma. Isso claramente não é consistente, essa massa salarial tem que ser reduzida ao longo do tempo", disse Ricardo Veloso.

O economista reforçou ainda que o FMI entende que o Governo está no bom caminho com o processo de verificação biométrica dos funcionários, para verificar se ainda há funcionários fantasmas na administração pública e eliminá-los. "É importante se repensar, se determinadas actividades podem ser continuadas ou podem ser paradas, porque não têm os benefícios esperados e assim por diante", apontou ainda o responsável, acrescentando que trata-se de um processo gradual "que tem que ser feito".

"Obviamente há que se repensar todo o gasto, não apenas o gasto salarial, é preciso pensar como melhorar a eficiência do gasto com o investimento, com bens e serviços e aí estão incluídas as consultorias, é fundamental que se adeque de uma maneira sustentável o nível do gasto à nova realidade de receita", reiterou.

O FMI pede ainda um alinhamento da remuneração e aumentos salariais e produtividade efectivamente, de forma a evitar aumentos salariais automáticos.

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