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Defesa

ONG identificou 18 áreas minadas na província da Huíla

A organização não-governamental The Halo Trust entregou hoje ao Governo os resultados do projecto de pesquisa de campos minados na província da Huíla, onde foram identificadas 18 áreas contaminadas com minas.

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O acto de entrega à Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH) contou também com a presença do embaixador do Japão em Angola, país que financiou o projecto com 79.430 dólares.

A pesquisa decorrida de janeiro a junho deste ano identificou áreas suspeitas de minadas nos municípios de Caconda, Quilengues, Quipungo, Jamba, Cuvango, com excepção dos Gambos.

Em declarações à imprensa, o oficial de pesquisa e da base de dados da The Halo Trust, Joel Chiteculo José, disse que o trabalho teve como fontes de informação as Forças Armadas, Polícia Nacional, defesa das comunidades e centros de saúde.

Segundo o oficial, nos centros de saúde foi obtida informação sobre pessoas afectadas pelas minas, salientando que até ao momento continuam a registar-se vítimas de minas, fundamentalmente crianças em acidentes com engenhos explosivos não detonados.

"No município do Cuvango, ocorreu um acidente muito recente, no mês de Junho, que resultou na morte de duas crianças e alguns feridos", disse Joel Chiteculo José.

No decorrer da pesquisa, foram destruídas cerca de 20 minas antipessoais e 59 engenhos explosivos não detonados.

Joel Chiteculo José sublinhou que trabalho igual está a ser desenvolvido pela The Halo Trust na província do Cuanza Sul, tendo o prazo de pesquisa, que deveria terminar em Julho, sido estendido por mais dois meses. "A pesquisa continua, porque algumas áreas que no passado não havia acesso, hoje já é possível aceder-se e é lá onde nós estamos a implementar o projecto neste momento", frisou.

Além das pesquisas, a ONG britânica conduz trabalhos de desminagem efectiva nas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Cuando Cubango.

O Projecto de Levantamento e Actualização dos Dados das Áreas Suspeitas de Contaminação com Minas tem como objectivo medir o progresso feito pelas autoridades nacionais no seu plano estratégico de acção de minas 2013-2017, cumprindo assim o compromisso de Angola de apresentar até 2018 a realidade do país, no âmbito da prorrogativa de cinco anos solicitada à Convecção de Ottawa.

O projecto de levantamento teve início em 2011 e deveria ter terminado em 2013, mas devido á restrições orçamentais ainda não foi concluído.

Até ao momento foram já reavaliadas 12 províncias, estando em curso o trabalho no Moxico e o Cuanza Sul, e em falta as regiões de Luanda, Cabinda, Namibe e Cunene.

O financiamento do projecto é feito pelo Governo angolano, União Europeia, Estados Unidos da América, Japão e a petrolífera Statoil.

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